No primeiro dia, Consind debate conjuntura e valorização dos(as) trabalhadores(as)
A conjuntura nacional e internacional foi o tema do debate realizado nesta sexta-feira (25) no primeiro dia do XVI Conselho Sindical (Consind) da Contee, em Salvador. A mesa, conduzida pelos diretores da Contee Maria Clotilde Lemos Petta (Secretaria de Políticas Internacionais), José Carlos Arêas (Secretaria de Políticas Sindicais) e José Ribamar Virgulino Barroso (Secretaria de Organização Sindical), contou com a participação do presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, e do secretário de Previdência, Aposentados e Pensionistas da CTB, Paschoal Carneiro.
A diretora Maria Clotilde apresentou o primeiro Caderno de Políticas Internacionais elaborado pela Confederação, com o tema da integração da América Latina e do Caribe, a qual ela enfatizou como primordial para o desenvolvimento do país e de todo o subcontinente, com enfrentamento ao imperialismo. O representante da CTB, por sua vez, abordou o fato de a crise econômica tornar o império mais agressivo e frisou as principais bandeiras e reformas que são – e precisam ser cada vez mais – encampadas pelos trabalhadores: o investimento em educação pública, gratuita e de qualidade, e as reformas política, do Judiciário e dos meios de comunicação.
Já o presidente da CUT considerou que a conjuntura mundial preocupa até menos pela crise econômica, e mais pelo caráter conservador e intolerante à democracia e às liberdades. Segundo ele, o mundo, incluindo o Brasil, enfrenta uma onda conservadora, da qual uma das ações é criminalizar os movimentos sociais e sindical. Além disso, Freitas destacou que esse viés conservador não deixa que as transformações sociais promovidas no país se convertam em transformações culturais e conclamou a Contee e a categoria dos trabalhadores em educação do setor privado a participar da intensificação nacional da luta pelo fim do fator previdenciário e pela redução da jornada de trabalho para 40 horas sem perdas salariais.
Diversos delegados das entidades filiadas expuseram suas intervenções, debatendo o cenário político-econômico- social brasileiro e necessidade de aprofundar e intensificar a luta progressista.
Unidade
O debate havia sido antecedido pela apresentação, pelos diretores Cássio Bessa (Secretaria-Geral) e Cristina de Castro (Secretaria de Comunicação Social), do Regimento Interno do Consind, que foi aprovado por unanimidade. Em seguida, a coordenadora-geral da Confederação, Madalena Guasco Peixoto, fez a saudação inicial, destacando a importância do Conselho e das discussões acerca da conjuntura e da proposta de sustentação financeira, que será debatida neste sábado (26).
A mesa de abertura foi composta, além de Madalena, pelos presidentes e coordenadores-gerais das federações: Celso Napolitano (Fepesp), Edson de Paula (Fitee), Geraldo Profírio (Fitrae-BC), Nara Teixeira (vice-presidenta da Fitrae MTMS), Lygia Carretero (Feteerj) e Valdir Kim (FeteeSul), bem como da coordenadora-geral do Sinpro-BA, Heloísa Helena Tourinho, representando o estado anfitrião. Em nome de todas as federações, o presidente da Fitee, ressaltou que o Consind acontece num momento essencial, às vésperas do ano em que se dará a disputa eleitoral pelos rumos do país.
Homenagem e avaliação
O primeiro dia do Consind também foi marcado por uma homenagem, conduzida pela coordenadora da Secretaria de Comunicação Social da Contee, aos dirigentes do Sindsep e da CUT Amapá pelos companheiros e seus familiares mortos no naufrágio da embarcação do sindicato em Macapá ocorrido no dia 12 de outubro, incluindo a companheira Odete Gomes, presidente da CUT Amapá, lembrada em fotos exibidas no telão.
Cristina de Castro também foi responsável por apresentar uma compilação de algumas atividades desenvolvidas pelas entidades filiadas no último dia 20, dentro da campanha do Domingo de Greve. Uma análise da campanha será realizada neste sábado, mas a coordenadora-geral da Contee, Madalena Guasco, já salientou que a mobilização nacional foi primordial para desmontar o mito das “excelentes” condições de trabalho na educação privada e mostrar a realidade à qual estão submetidos os trabalhadores do setor.
Da redação