Primeiro dia de paralisação nacional no Chile inicia com barricadas

O primeiro dia da greve nacional convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Chile em apoio às demandas estudantis foi iniciado hoje com barricadas erguidas em vários pontos da capital, chegando a interromper o trânsito de Santiago.

Os manifestantes falam que três pessoas já foram presas em um bairro ao sul da capital, mas a informação não foi confirmada oficialmente.

No centro, houve enfrentamentos entre os manifestantes e as forças de segurança, que tiveram que usar carros hidrantes e bombas de gás lacrimogêneo.

Em meio aos protestos, as autoridades chilenas tentam manter a ordem e garantir que os transportes públicos funcionem normalmente.

Com a adesão do sindicato dos servidores públicos à paralisação, foi anunciado que boa parte dos serviços públicos, como registro civil, correios, previdência social, defensorias públicas, bibliotecas, arquivos e museus, estariam parados. Alguns deles, no entanto, trabalham com pessoal reduzido e em pequenos turnos.

No Aeroporto de Santiago, onde as atividades também foram interrompidas, os funcionários protestam com cornetas e cartazes.

O setor de saúde também se juntou à greve, mas casos emergenciais continuam sendo atendidos nas unidades públicas.

Por sua vez, a distribuidora de energia elétrica Chilectra anunciou um plano de contingência para evitar eventuais apagões.

O metrô, no entanto, opera normalmente e algumas linhas de ônibus não sofreram paralisação.

O subsecretário do Interior, Rodrigo Ubilla, afirmou que o país está funcionando com normalidade e que, por volta das 9h30, poucos eram os lugares em que se registravam distúrbios.

Há uma tentativa de alguns poucos que usam da violência para tentar alterar a ordem pública”, declarou Ubilla.

A greve também está programada para amanhã, quando marchas devem ser realizadas por todo o país.

As manifestações têm como base a demanda por uma educação gratuita e de qualidade e acontecem no momento em que o nível de popularidade do presidente Sebastián Piñera alcança 26%, o mais baixo desde que ele assumiu o cargo, em março de 2010.

Fonte: UOL

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