Rumo à mobilização nacional de 11 de julho: Em defesa do transporte público e de qualidade

As recentes mobilizações que tomaram as ruas de diversas cidades do Brasil começaram justamente devido à questão do transporte. Para usar o clichê que se propagou entre os manifestantes e na imprensa – nacional e internacional – não foi por 20 centavos, mas sim pela falta de uma política de mobilidade urbana, que deixa os cidadãos à mercê de longas e intermináveis filas de espera por ônibus, trens e metrôs sempre lotados e de péssima qualidade para ir e voltar do trabalho.

Os protestos tiveram o efeito positivo de fazer baixar o custo das tarifas em vários municípios, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro, onde ocorrerão as maiores manifestações. No entanto, são necessárias soluções que melhorem a qualidade do transporte coletivo e, consequentemente, a vida dos trabalhadores/as e da população em geral.

As mobilizações têm ainda o mérito de ter contribuído para colocar a questão na agenda do Congresso Nacional. No último dia 3, o Projeto de Lei 3546/12, do deputado Ivan Valente (PSOL-SP), que determina ao Poder Público a divulgação dos dados usados para instruir a análise de reajustes, revisões ordinárias ou revisões extraordinárias das tarifas dos serviços de transporte público coletivos. Ontem (9), foi a vez de os deputados defenderem, durante debate no Plenário da Câmara, a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 90/11, da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que inclui o transporte no grupo de direitos sociais.

Esta bandeira também está na pauta das paralisações e manifestações programadas para amanhã (11), no Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações, convocado pelas centrais. Transporte público de qualidade e mobilidade urbana são direitos de todos os trabalhadores e cidadãos.

Da redação

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