Sinpro Campinas e Região: Sem pagamento, professores do Colégio Drummond continuam em greve
Os professores do Colégio Drummond de Americana, antigo Universitário, estão em greve desde segunda-feira, 23 de setembro, por falta de pagamento de salários e de 1/3 de férias.
Em assembleia ontem, 24, a decisão dos professores foi unânime: a greve será mantida até o pagamento de salário e abono de 1/3 de férias de todos os professores.
Na sexta-feira, 20, a responsável pelo setor financeiro da instituição, Juliana Patrícia Ricardo Zutin, após notificação de greve, entrou em contato por telefone com o presidente do Sindicato, Carlos Virgilio Borges, o Chileno. Juliana afirmou que apenas cinco professores ainda não haviam recebido o pagamento relativo ao mês de agosto. Na assembleia, os docentes afirmaram que as declarações da representante da escola não condiziam com a realidade e há mais de cinco professores que não receberam o salário.
As afirmações falaciosas de Juliana continuam. Segundo a reportagem do jornal de Americana, “O Liberal”, a representante da instituição atribui o fechamento da escola à greve e às faltas dos docentes. De acordo com os professores, não houve faltas injustificadas. Pelo contrário, apesar das adversidades, os profissionais mantiveram a qualidade de ensino e compromisso pedagógico com os alunos.
Além disso, é desleal responsabilizar a greve, direito da categoria garantido pela Constituição Federal, pelo fechamento da escola. É do conhecimento de todos que os problemas do colégio antecedem o movimento grevista.
A publicação do jornal também afirmou que foi encaminhado um comunicado aos pais dos estudantes no final da tarde de ontem, 23, sobre o fechamento da instituição e a transferência imediata dos alunos para o Colégio Bandeirantes. Os professores não foram avisados sobre o fechamento da escola que continua tratando seu corpo docente com descaso.
A categoria também sofre com falta de condições de trabalho e constantes violações de direitos trabalhistas da instituição. Além dos corriqueiros atrasos de pagamento de salário, a escola não deposita o Fundo de Garantia dos docentes e também não paga o INSS. O departamento jurídico do Sinpro já está tomando providências sobre essas irregularidades.
Agora, o movimento grevista conta com o apoio dos pais e estudantes do Colégio.
Os professores estão em assembleia permanente, ou seja, a qualquer momento podem ser convocados pelo Sindicato para deliberarem sobre o movimento.
Até o momento desta publicação, não houve nenhuma posição oficial da instituição em relação aos professores e ao Sindicato.




