Sinpro-Rio: Resultado da plenária da Campanha Salarial do dia 27/3
O Sinpro-Rio realizou no sábado, 27 de março, plenária de organização, mobilização e construção da Campanha Salarial de 2021. No evento, professoras e professores não só debateram sobre ações futuras de comunicação e mobilização, mas também sobre o momento sombrio em que vivemos, com mais de 300 mil mortes pela pandemia, e de tristeza e repúdio em razão do descaso de governantes e patrões de escolas.
Na abertura, o presidente do Sindicato, Oswaldo Teles, fez um breve balanço sobre a Campanha Salarial 2020, na qual não houve reajuste, mas foram conquistados alguns pontos na Convenção Coletiva de Trabalho. Salientou que a Campanha deste ano também terá formas diferenciadas de mobilização, dada a continuidade da pandemia. De acordo com Oswaldo, a Campanha Salarial 2021 se voltará a um trabalho de sensibilização da sociedade, com ações nas mídias alternativas e corporativas. “Vamos ressaltar que as mensalidades escolares foram aumentadas desde 2019, com instituições engordando seus cofres, enquanto a professora e o professor da Educação Básica, por exemplo, não receberam nenhum tipo de reajuste (para 2021, o índice de 2020 está incorporado nas reivindicações). No caso da Educação Superior, houve reajuste em razão do acordo ser bianual, mas patrões também sinalizam congelar qualquer tipo de recuperação salarial para este ano. É um patronal conservador, que não quer dialogar, não quer reajustar e, se possível, quer prejudicar a nossa Convenção Coletiva de Trabalho”.
Oswaldo Teles lembrou que o Sinpro-Rio teve uma comunicação muito atuante em 2020, que será ampliada este ano. Está sendo planejado o aumento do número de carros de som, caso as escolas continuem com aulas presenciais, e uma comunicação virtual maciça.
“Não podemos ficar sem reajuste neste ano. Vamos construir uma campanha vitoriosa. O governo de direita deste país é o mais atrasado do mundo. O massacre imposto aos trabalhadores nos últimos anos é imenso. Primeiro, o massacre aos nossos direitos, agora, a ameaça e concretização de mortes via pandemia”.
Vários informes foram apresentados durante a plenária. Informes da Comunicação, do Jurídico, da Organização Sindical e das Mulheres. Todos deixando claro que o Sinpro-Rio, mesmo de forma virtual, nunca se fechou à categoria nesta pandemia e nunca se fechará.
Foi lembrado que com a aglutinação de feriados, o Sinpro-Rio está em alerta para que professoras e professores, se forem convocados ao trabalho remoto, recebam 100% de horas extras, o que é de direito.
Foi informado que o desrespeito aos protocolos sanitários nas escolas que teimam com as perversas aulas presenciais, em plena expansão da pandemia, tem sido constante, transformando as instituições em vetores de propagação do vírus em mutação, pois, até o momento, ainda não há garantia de testagem, por parte do poder público municipal, dos casos sintomáticos que surgem nas escolas, muito menos testagem de contactantes, o que significa dizer que não há nenhum tipo de controle das cadeias de contágio que se formam nas escolas. É fundamental que as denúncias continuem sendo feitas, principalmente por escrito, anexando o e-mail da instituição denunciada, com o compromisso do Sinpro-Rio em resguardar o anonimato dos autores das mesmas. Com isso, o Sindicato notifica a escola e, depois, encaminha as denúncias ao Ministério Público, Vigilância Sanitária, Conselhos Estadual e Municipal de Saúde e Educação e Comissões de Educação e Saúde da Alerj e da Câmara de Vereadores.
Sinpro-Rio, em defesa da Educação e da Vida!