Sinpro-RO: Sindicato informa sobre negociações entre sindicato laboral e sindicato patronal
Por meio desta nota, o Sindicato dos Professores de Instituições de Ensino Superior Privadas do Estado de Rondônia (SINPRO-RO) esclarece aos professores de faculdades particulares de Rondônia a situação das negociações com o sindicato patronal (SINEPE-RO) até o presente momento, em relação à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.
No dia 7 de maio, em meio a pandemia, o SINPRO-RO encaminhou ao patronal a pauta de reivindicações aprovada pela categoria. Dessa data até agora já foram 3 reuniões, sem avanço nas negociações.
Nessa e em todas as rodadas de negociação seguintes, a postura do SINEPE foi sempre a mesma: para fechar a CCT da categoria, os donos de faculdades particulares insistem em retirar ou piorar os direitos históricos dos professores.
Frente ao cenário de pandemia que assola o mundo e na tentativa de buscar um acordo, o SINPRO propôs ao SINEPE o fechamento de uma CCT emergencial pelo menos com a reposição da inflação do período, e a manutenção dos benefícios já conquistados.
Para que fique claro, nesse “acordo emergencial”, o objetivo seria preservar conquistas dos professores diante da calamidade pública em razão da pandemia. Trata-se, como o próprio nome diz, de algo emergencial, necessário diante da conjuntura mais adversa das últimas décadas.
Mas nem mesmo assim o SINEPE-RO quis assiná-lo, o sindicato alega que as instituições estão com inadimplência elevada, baixa captação de alunos e muitas desistências e cancelamentos. Mas o SINPRO observa, que o professor não pode pagar essa conta, visto que já tá sendo impactado, com o aumento dos seus gastos, em função do ensino remoto.
Dessa forma, buscamos com esta nota esclarecer aos professores acerca da postura do SINEPE durante as negociações, bem como informar aos professores: a CCT dos professores de Rondônia ainda não foi assinada porque o patronal insiste em não repor pelo menos a inflação de alguma forma, algo que o SINPRO não pode concordar.
Frente a esse cenário de intransigência patronal e indefinição, o SINPRO buscará a via jurídica e ajuizará um dissídio coletivo, instrumento por meio do qual o sindicato pedirá que a Justiça julgue as reivindicações apresentadas, quais sejam: reposição da inflação, haja vista a necessária manutenção do poder de compra dos professores, visto que a classe já tem sofrido perdas nos últimos anos, bem como uma ajuda de custo para os professores que estão atuando no ensino remoto.
O quadro atual demanda da categoria a ampliação da mobilização, para pressionar o SINEPE a assinar a Convenção Coletiva de Trabalho, que contemple os direitos históricos dos professores, diante do cenário atual. Nesse sentido, o SINPRO-RO reitera que não medirá esforços e que vai buscar todas as vias possíveis para defender as conquistas da categoria, que se dedicam cotidianamente à construção de uma educação de qualidade no estado.