Conselho de Federações discute fusão entre Kroton e Anhanguera

A fusão entra a Kroton Educacional S/A e a Anhanguera Educacional Participações S/A, que tentam formar o maior monstro educacional do mundo, foi a razão da convocação, pela Contee, da reunião ampliada do Conselho de Federações realizada hoje (6) em São Paulo.

Na abertura da reunião, a coordenadora-geral da Contee, Madalena Guasco Peixoto, na mesa composta com os diretores José Carlos Arêas, da Secretaria de Políticas Sindicais, e José Ribamar Barroso, da Secretaria de Organização Sindical, tratou das medidas já tomadas pela Confederação – que pediu providências contrárias à fusão ao Ministério da Educação, ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e ao Ministério Público Federal (MPF) – e da possibilidade de novas ações a serem adotadas.

20130606_110102Em sua fala, Madalena também destacou a inclusão do projeto que cria o Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação do Ensino Superior (Insaes) na pauta de ontem (5) da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e esclareceu sobre o acompanhamento feito pela Contee em relação a essa matéria e das propostas apresentadas ao relator, deputado Waldenor Pereira (PT-BA).

Um amplo debate foi realizado sobre as realidade sindical, educacional e até financeira com as transformações vividas a partir da introdução de conglomerados educacionais.Também foi discutido de forma pormenorizada o que de fato acontece nas instituições, uma vez que há diretores sindicais que trabalham nesses estabelecimentos.

Frente à essa realidade conjuntural, várias foram as sugestões de ações a serem desenvolvidas pela Contee, levando em consideração, sobretudo, o elemento novo desse processo: as fusões – que antes não existiam – e as mudanças provocadas por elas na essência das relações de trabalho. Essas são transformações novas tanto para o Brasil quanto para os trabalhadores em educação e para o movimento sindical.

Até o início do anos 2000, a maioria das instituições privadas de ensino eram intituladas “sem fins lucrativos”. Agora, entretanto, a lógica de diversas instituições é de extremo lucro e nenhuma preocupação educacional, o que modifica de maneira perversa as relações negociais e de reivindicação.

Dentro dessa perspectiva, a reunião ainda contou com informes dados pelas secretarias de Assuntos Educacionais e de Comunicação Social e pelo diretor do Sinpro/RS Marcos Fuhr. Todo esse processo reafirma a bandeira da Contee na luta pela regulamentação da educação privada com exigências legais idênticas às aplicadas à educação pública. A Contee deverá trabalhar em três âmbitos:

1) sindical corporativo e o que muda nas relações de trabalho;
2) político sindical geral e na busca de aliados;
3) elaboração de políticas públicas.

Mais uma vez a Contee é protagonista de uma realidade educacional e irá junto com suas  entidades filiadas enfrentar esse desafio que, muito além de sindical, é educacional e visa o desenvolvimento soberano do Brasil..

Da redação
F
otos: Cristina de Castro

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia também
Fechar
Botão Voltar ao topo