Luis Nassif abriu Seminário de Comunicação e Formação da CONTEE
A capital paulista reuniu, nesta quinta-feira, 31/05, representantes de entidades filiadas de todo o Brasil para o Seminário de Comunicação e Formação da CONTEE. A palestra de abertura foi realizada pelo premiado jornalista Luis Nassif.
A mesa de abertura foi composta pela Coordenadora Geral da CONTEE, Madalena Guasco Peixoto; a Secretária de Comunicação Social, Maria Clotilde Lemos Petta; e a Secretária de Formação e Políticas Sociais, Rita Fraga Zambon.
Madalena abriu os trabalhos saudando os presentes e lembrando a importância da atividade. A professora comentou ainda que muitos companheiros não puderam estar presentes na atividade em função de demandas e ações das campanhas salariais que estão em andamento. “Por conta disso, a CONTEE disponibilizou a transmissão ao vivo do Seminário pela internet para que todos tivessem a oportunidade de acompanhar esses debates tão importantes”, disse Madalena.
A Secretária de Formação da entidade, Rita Fraga Zambon, destacou as recentes parcerias estabelecidas entre a Secretaria de Formação e as demais secretarias da direção da CONTEE. Para Rita, esse envolvimento “vem avançando muito nos nossos trabalhos”. A dirigente ressaltou a comunicação como um dos elementos mais importantes para as entidades sindicais.
A Secretária de Comunicação da CONTEE, Maria Clotilde Lemos Petta, manifestou seu contentamento por receber um grupo tão representativo das entidades filiadas na atividade. Clotilde falou da honra de receber o jornalista Luis Nassif, “que é conhecido por todos aqueles que acompanham a guerra diária que se realiza em torno da questão da mídia brasileira”. A Secretária enfatizou que Nassif é autor de um dos blogs de maior competência no acompanhamento e no posicionamento político do País.
Em sua palestra, Luis Nassif agradeceu o convite da CONTEE e disse que não há hoje um tema mais relevante no Brasil do que a questão da mídia. Para Nassif, o jornalismo tem que estar a serviço da cidadania, para combater o preconceito, a exclusão e se colocar na luta pela democracia. Para isso, segundo ele, é preciso saber qual o papel da mídia de massa no modelo de democracia em que vivemos.
De acordo com o blogueiro, o jornalismo brasileiro foi gradativamente se desgrudando dos fatos e isso não pode acontecer. “Você pode tender mais para um lado do que pro outro. Opinião pra lá e pra cá, mas o produto é o fato. É como uma geladeira que não gela. Um carro que não anda. Pode ter opinião, mas, se não tiver ligado à notícia, não é jornal. E o que ocorreu nos últimos anos foi não temos mais jornal. Isso virou jogo”.
Luis Nassif destacou a importância da internet na atualidade e no processo de democratização da comunicação. “Nos anos 70, quem quisesse combater o que saía no jornal, o máximo que se tinha era o mimeógrafo. O mimeógrafo foi um grande auxiliar de todos nós. Agora estão todos na mesma plataforma. Então, esses factoides são desmanchados pela internet – desde que se atenham aos fatos. Tem que ter a objetividade dos fatos”.
Para Nassif, o jornalismo brasileiro caminha para a criação de jornais online, que deverão fazer a mediação dos fatos. “Então, cada setor que quer entrar no jogo de forma estruturada vai ter que gerar suas próprias notícias”.
Assista AQUI a mesa de Luis Nassif.
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Daniele Moraes, de São Paulo/SP.