Em Brasília, 90 anos da Coluna Prestes serão comemorados no dia 20 de maio
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Será realizada no Congresso Nacional, no próximo dia 20 de maio, uma sessão comemorativa pelos 90 anos da Coluna Prestes. A Contee é uma das entidades promotoras do evento, marcado para as 12h, no Plenário da Câmara dos Deputados. A solenidade contará com a participação de familiares dos combatentes, entre os quais Maria Prestes, viúva de Luiz Carlos Prestes, e familiares do general Miguel Costa.
A Coluna Prestes é considerada um dos momentos decisivos da história política brasileira no início do século XX, fazendo parte do movimento tenentista, que se opôs à República do Café-com-Leite. Seu marco inicial foi o Levante do Forte de Copacabana, ocorrido em 5 de julho de 1922, durante o qual jovens oficiais enfrentaram o poderio das forças governistas. Dos “18 do Forte”, apenas dois sobreviveram: Eduardo Gomes e Siqueira Campos.
O segundo levante tenentista, por sua vez, ocorreu em 5 de julho de 1924, em São Paulo, com a adesão da Força Pública Estadual. O então presidente Artur Bernardes decretou estado de sítio e, numa atitude inédita, autorizou o bombardeio da cidade. Os tenentes conseguiram romper o certo governista e se dirigiram para o interior, seguindo até o Paraná.
Já em 28 de outubro de 1924, em solidariedade aos revoltosos paulistas que continuavam lutando, vários quartéis do Rio Grande do Sul se insurgiram, entre eles o Batalhão Ferroviário de Santo Ângelo comandado pelo jovem capitão Luiz Carlos Prestes. Unido a outros revolucionários – como Antônio de Siqueira Campos, Osvaldo Cordeiro de Farias e João Alberto Lins de Barros –, Prestes iniciou a cruzada libertadora que percorreria quase todo o país.
A Coluna Prestes, como ficou conhecida, percorreu uma distância de 25 mil quilômetros, atravessando 11 estados brasileiros: do sul, sudeste, centro-oeste e nordeste. Esse fato transformou-a numa das maiores marchas militares da história mundial. A saga terminou em 3 de fevereiro de 1927, quando Prestes se internou na Bolívia com 620 combatentes, e Siqueira Campos se abrigou no Paraguai com 65 de seus homens. Por não ter sido derrotada, apesar dos esforços empreendidos pelos governos federal e estaduais, ganhou a denominação de Coluna Invicta. Já Prestes ganhou o título de “Cavaleiro da Esperança”.
Assim, a sessão no Congresso Nacional pelos 90 anos da Coluna Prestes é um reconhecimento dessa história e dos serviços prestados à democracia brasileira.
Com informações da Fundação Maurício Grabois