CNTE prepara greve da categoria pelo piso nacional
Representantes das 44 entidades filiadas à CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) se reuniram com a direção executiva da entidade na última quarta-feira (29), em Brasília, para acertar os últimos preparativos para a greve nacional programada para os dias 14 a 16 de março.
Cerca de 30 entidades já estão com a programação definida para os três dias de paralisação. Assembleias, aulas-cidadãs, audiências públicas nas assembleias legislativas, passeatas, panfletagens e atos em praças públicas serão algumas das atividades previstas para chamar a atenção da sociedade para a falta de compromisso dos gestores com a qualidade da educação.
A greve é pelo cumprimento da Lei do Piso, em vigor desde 2008, planos de carreira, 1/3 da jornada para atividades extraclasse e por 10% do PIB no PNE o para financiamento da educação.
Antecipando a pauta de reivindicações, trabalhadores em educação de Rondônia, Goiás e Piauí deflagraram greve estadual já no mês de fevereiro.
Outros sindicatos como a Apeoesp, vão promover assembleia no dia 16 para avaliar se darão continuidade à paralisação.
Reajuste
O anúncio do índice de reajuste do piso salarial na última segunda-feira (27) foi considerado uma vitória da CNTE. A direção da entidade atuou junto aos representantes do governo, no MEC e no Palácio do Planalto, para que a divulgação do índice de 22,22% ocorresse no mês de fevereiro, tal como anunciado nos anos anteriores.
Embora o índice estivesse definido desde 2011, com vigência a partir de 1° de janeiro de 2012, prefeitos estavam usando o fato de não haver um texto oficial do MEC para não reajustar os salários.
Para o presidente da CNTE, Roberto Leão, a luta contra a aprovação do projeto em tramitação na Câmara Federal que altera o texto da Lei e fixa reajuste do piso salarial dos professores de acordo com o INPC, é mais um elemento motivador para a mobilização.
“Temos que incluir esse tema em nossas conversas com a categoria. Vamos procurar cada um dos deputados, de todos os partidos, para pressionar contra a aprovação desse projeto.”
Fonte: CNTE