Depois da aprovação da MP 664, a luta é para que Dilma não vete a alternativa ao fator previdenciário
O Senado aprovou ontem (27), por 50 votos favoráveis, 18 contrários e três abstenções, mais uma das medidas provisórias do ajuste fiscal, a MP 664, que altera as regras para o recebimento do auxílio-doença e da pensão por morte, impondo carências e tempo de recebimento conforme a faixa de idade do beneficiário. A proposição segue para sanção presidencial.
Assim como a MP 665 aprovada na véspera, a matéria é prejudicial aos trabalhadores, pois retira direitos. No entanto, um importante ponto que havia sido acrescentado pela Câmara foi mantido pelo Senado: a emenda que flexibiliza o fator previdenciário, com a adoção da fórmula de aposentadoria 85/95 (soma da idade e do tempo de contribuição, respectivamente para mulheres e homens).
A Contee continua na defesa do fim do fator previdenciário, mas o estabelecimento dessa alternativa é um importante avanço, que agora precisa ser mantido pela presidenta Dilma Rousseff. Por isso, é fundamental que todas as categorias de trabalhadores – a Contee convoca especialmente suas entidades filiadas para essa mobilização – intensifiquem a pressão para que a presidenta não vete a emenda. “DILMA, NÃO VETA!!!!”, escreveu a coordenadora-geral da Confederação, Madalena Guasco Peixoto, em seu perfil no Facebook. “Seu ajuste fiscal pode ser diferente!!!! Mais humano e mais classista, buscando recolher de quem de fato ganha muito nesse país e que não vive do trabalho.”
Da redação