De Dilma a Bolsonaro: análise da crise política brasileira à luz de saídas possíveis
Para Costa Pinto, a oposição, em particular a esquerda, para sair da crise são necessários três elementos: “coragem, ousadia e política”
“As condições históricas [brasileira]se alteraram profundamente”, destacou o professor Eduardo Costa Pinto ao analisar a situação política do Brasil, sob Bolsonaro, e uma elite que não vai abrir mão dos interesses como classe social dominante.
Costa Pinto é do Instituto de Economia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Ele é ex-técnico de Pesquisa e Planejamento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Segundo a abordagem de Costa Pinto, para a oposição, em particular a esquerda, para sair da crise são necessários três elementos: “coragem, ousadia e política”.
Coragem de propor pautas, ousadia de tematizá-las e capacidade de fazer política, com transigência e amplitude.
Ele abordou o golpe que tirou Dilma Rousseff da Presidência da República e possibilitou a vitória de Jair Bolsonaro, a partir da análise fundada na luta de classes. Tendo como parâmetro a abordagem materialista histórica adotada por Karl Marx, em O 18 de brumário de Luís Bonaparte.
O 18 de Brumário foi um golpe de Estado comandado por Napoleão Bonaparte na França. No calendário revolucionário francês, este dia ocorreu em 18 de Brumário do ano 8 (9 de novembro de 1799 no calendário gregoriano). Por meio daquele golpe, Napoleão colocou fim ao Diretório e iniciou a ditadura na França.
Eis a íntegra da conversa do professor, com o coordenador geral da Contee, Gilson Reis, sob a mediação do jornalista Carlos Pompe.
Marcos Verlaine