Série de vídeos do Sinpro-Caxias recebe prêmio de jornalismo

Sinpro-Caxias 2A série de vídeos “Que escola queremos?”, do Sinpro/Caxias, foi contemplada no Prêmio de Jornalismo da Delegacia Regional da Serra Gaúcha, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (Sindijor-RS).

O trabalho, coordenado pela jornalista Rose Brogliato, recebeu o 1º Lugar na Categoria Vídeo. A distinção foi entregue oficialmente na noite de 7 de fevereiro, em evento comemorativo na Do Arco da Velha Livraria e Café, pelo representante regional do Sindjor-RS, Maurício Concatto e na presença do jornalista Roberto Carlos Dias, idealizador do prêmio.

Com o tema O Futuro da Educação Pública, a segunda edição do concurso foi aberta para jornalistas e estudantes de Jornalismo de Caxias do Sul e região. Compuseram a banca julgadora sete professores e jornalistas com atuação em várias regiões do Brasil.

O presidente do Sindjor-RS, Milton Simas, prestigiou o evento e destacou a atuação do Sinpro Caxias por pautar a “comunicação enquanto política de gestão”.

Rose Brogliato é jornalista especializada em comunicação para o terceiro setor e atua junto ao Sinpro/Caxias há dez anos. Para ela, a comunicação sindical deve fazer o exercício de extrapolar o seu “público interno” e estender para a sociedade o ponto de vista dos trabalhadores sobre os fatos.

Na série de vídeos “Que escola queremos?”,  veiculada na TV Presença – canal web do Sinpro/Caxias –, Rose fez entrevistas buscando saber o que pensavam sobre educação os estudantes que ocupavam escolas em Caxias do Sul, em 2016.

Sinpro-Caxias 3O resultado surpreendeu. “Os depoimentos revelaram muita maturidade, consciência e fraternidade de parte dos estudantes. Entendemos que merecia mais do que um registro documental e definimos pela criação da série, veiculada nas redes sociais”, afirma Rose Brogliato. Opinião compartilhada pela coordenadora de comunicação do Sinpro/Caxias e idealizadora do projeto, Olga Neri de Campos Lima: “Nos deslumbramos com as entrevistas. O idealismo e a lucidez política dos estudantes é uma lição para muitos professores”. As entrevistas fundamentaram a postura do sindicato de apoio ao movimento dos estudantes.

Alunos presentes 

Presente ao evento, a aluna do Colégio Estadual Imigrante, Laura Rossini, 17, constatou: “muitas mídias fizeram a cobertura das ocupações, mas eles foram os únicos que perguntaram aos estudantes o que nós pensamos sobre educação”.  Já o estudante  Paulo Bitencourt destacou a importância do “lado bom da mídia” para divulgar e apoiar o movimento. “A educação vem piorando muito. A mudança passa pela valorização dos professores”, declarou.

Sobre as ocupações 

A ocupação de escolas como defesa direta do direito social garantido na Constituição tomou corpo, no Brasil, a partir de outubro de 2015, em um protesto contra a “reforma” do ensino defendida pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Em 2016, as mobilizações aconteceram em  Goiás, Ceará, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. No RS, houve um momento em que mais 150 escolas estavam ocupadas, entre elas várias de Caxias do Sul. Os alunos reivindicavam melhores condições de infraestrutura, qualidade de ensino e segurança, além de combater os projetos nocivos à educação que tramitam na esfera legislativa.

Por Vera Mari Damian, do Sinpro-Caxias

Fotos: Ricardo Barp

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