Sindicalismo se reúne quinta e define combate à MP 873
O sindicalismo se une contra a Medida Provisória 873, de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes. A MP gerou indignação geral no movimento. A Força Sindical, em nota, foi direta: “Não ao AI-5 Sindical”. O texto, assinado pelo presidente Miguel Torres, traça paralelo com o mais duro ataque da ditadura às liberdades democráticas, em dezembro de 1968.
A reação aos efeitos da MP, que inviabiliza o custeio e paralisa as entidades, já se articula. Amanhã, dia 7, as Centrais se reúnem no Dieese, SP, com seus Jurídicos. A ideia é avaliar meios de enfrentar a MP, tida como inconstitucional por todos os advogados que já se expressaram.
O sindicalismo quer ampliar o leque de ações contra a medida draconiana. Para tanto, conversa com entidades do Judiciário e do Ministério Público. A ideia é a de que, após a reunião da quinta, haja encontros com a Anamatra, o Conalis e outras entidades do Judiciário e do MP.
Mesmo em setores sindicais com alguma simpatia por Bolsonaro, o descontentamento com a MP 873 bateu forte. Afora a inconstitucionalidade da Medida, a grita é contra a desautorização ao poder da assembleia de definir a contribuição das categorias.
Críticas – UGT, CUT e Nova Central também publicaram Notas duras contra a MP, que radicaliza a onda de agressões à classe trabalhadora, iniciada nos estertores do governo Dilma. A Nova Central orienta que a base preserve as assembleias e publiquem editais relacionados à decisão soberana sobre contribuição sindical. Mais: “Tomaremos todas as providências, junto aos órgãos competentes, a fim de reverter essa inconstitucionalidade. Perseguiremos incansavelmente alternativas que viabilizem a manutenção e a sobrevivência financeira das entidades”.