SinproSP: Inflação em alta exige reajuste imediato aos professores do ensino superior
Na semana passada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mostrou-se surpreso com nova escalada do custo de vida. O IBGE acabara de divulgar a inflação de março, – 1,62% (IPCA), a mais alta para esse mês desde 1994, quando o custo de vida bateu a marca de 42,75%.
O ano de 2022 não oferece boas estimativas: nos primeiros três meses do ano a inflação acumulada é de 3,2% e pode fechar o ano entre 7% e 8%.
Custo de vida e taxas de desemprego muito elevados são uma combinação explosiva para os trabalhadores e o movimento sindical. As centrais sindicais estão se mobilizando porque sabem das dificuldades que devem ser enfrentadas nas próximas campanhas salariais.
Por isso mesmo, o assunto será destaque nas manifestações do 1º de Maio, unificadas pelas dez principais centrais* em todo o país com o tema Emprego, Direitos, Democracia e Vida.
Professores
Para as professoras e professores do ensino privado de São Paulo, a persistência da inflação em níveis altos coloca um enorme desafio para a campanha salarial dos professores do ensino superior: exigir que os patrões apresentem, rapidamente, uma proposta digna de reajuste salarial com manutenção de direitos, bem diferente da afronta representada pela oferta de 3% em meio a uma inflação de quase 11%.
Ainda que o custo de vida elevado afete a todos os trabalhadores indistintamente, a situação das professoras e dos professores da educação básica é diferente. Os salários acabaram de ser reajustados e a categoria já tem garantido a reposição integral da inflação na próxima data base. São conquistas importantes, asseguradas na Convenção Coletiva, que representam uma enorme proteção diante do cenário político e econômico do país.
* CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical Central, CSP Conlutas, Intersindical IL e Pública.