Rumo à mobilização nacional de 11 de julho: Em defesa da reforma agrária e dos trabalhadores do campo
A reforma agrária é uma das principais bandeiras que serão levadas às ruas no próximo 11 de julho, Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações, convocado pelas centrais sindicais. Na última sexta-feira (5), representantes dos movimentos sociais do campo foram recebidos pela presidenta Dilma Rousseff e pelos ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) e Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) para debater algumas das principais reivindicações dos trabalhadores rurais.
Em carta entregue a presidenta, os movimentos sociais denunciaram as desigualdades no campo. “Cerca de 8.300 grandes proprietários de terra, sozinhos, são donos de 83 milhões de hectares, enquanto que 4,3 milhões de famílias de trabalhadores e trabalhadoras da agricultura familiar e camponesa possuem 70 milhões de hectares. No entanto, somos nós, responsáveis pela produção de 70% do alimento fornecido ao povo brasileiro”, destaca o documento.
A pauta da reforma agrária não pode nem deve se restringir aos trabalhadores do campo, porque imprescindível para o desenvolvimento do Brasil, com distribuição de renda, justiça social e soberania nacional. Essas são prioridades da Contee e, por isso, a distribuição de terras também está entre as bandeiras da Confederação, a qual, inclusive, em seu último Congresso, realizado no ano passado, elencou-a entre as reformas estruturantes necessárias ao país, a fim de acabar com o latifúndio improdutivo e dar mais assistência à agricultura familiar.
Entre as resoluções do Conatee, estão incluídos a “defesa da Reforma Agrária, em unidade com o MST, Contag e outros movimentos, na cobrança de assentamentos e de crédito para a pequena agricultura familiar com atualização do índice de produtividade e limite de propriedade de terras” e os “incentivos do Estado para a agricultura orgânica e para a agroecologia, como alternativas de desenvolvimento sustentável, em assentamentos de reforma agrária”.
Além disso, enquanto entidade representativa dos trabalhadores em educação do setor privado, a Contee enfatiza o quão primordial é o investimento na educação no meio rural, indispensável à formação intelectual e política de homens e mulheres do campo e ao próprio desenvolvimento e soberania nacional.
No dia 11 de julho, manifestações e mobilizações também pela reforma agrária!
Da redação