1° de maio: Marco na luta e na resistência dos trabalhadores e trabalhadoras
Leia o artigo do coordenador da Secretaria de Organização Sindical, Relações de Trabalho, Relações Institucionais e Juventude da Contee e baixe os materiais da campanha
Por Elson Simões Paiva*
O dia 1° de maio deste ano de 2022 tem que ser um marco na luta e na resistência contra todo o descalabro que vem ocorrendo na vida das trabalhadoras e trabalhadores no País. Desde o golpe político e jurídico de 2016, que retirou a presidenta Dilma Rousseff (PT) do cargo, a direita se arvorou sobre os direitos dos trabalhadores, culminando com a Reforma Trabalhista, em 2017, quando foram criados meios para a destruição das conquistas asseguradas na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e da estrutura sindical.
Na pandemia, o desgoverno Bolsonaro levou, com sua irresponsabilidade e com a politização da gestão da saúde, à perda da vida de muitos trabalhadores e da população em geral. Muitos deixaram seus familiares desamparados devido à retirada de direitos trabalhistas e previdenciários conduzida pelas maldades de um governo que só tem olhos para o capital.
Além de todos esses fatos escabrosos, com os trabalhadores da educação, em especial, vemos que as várias mudanças — como a reforma do ensino médio, as salas de aulas lotadas, o ensino híbrido e os baixos salários, principalmente no caso dos técnicos administrativos, categoria em que o desemprego foi mais acentuado — só vieram a contribuir com a lucratividade dos patrões nos estabelecimentos de ensino privados.
Isso tudo só evidencia a necessidade de a classe trabalhadora se organizar neste 1° de maio, para manifestar sua revolta e seu descontentamento pelo que vem passando, pela falta de democracia, além de cobrar melhores salários e condições de trabalho.
As centrais sindicais e seus sindicatos filiados estão organizando grandes atos pelo País neste 1° de maio, para organizar e melhor orientar as categorias na tarefa que temos neste ano eleitoral, que é um divisor de águas, quando o povo escolherá entre a barbárie do governo Bolsonaro ou o retorno da democracia e do Estado de Direito pleno. Somente com a eleição de um governo comprometido com a classe trabalhadora e com a educação, em especial — um governo que irá tratar os mais necessitados como prioridade —, é que poderemos voltar ao tempo em que todos tínhamos mais condições financeiras individuais e coletivas para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, na qual a esperança retorne a todos.
Não basta, porém, o empenho dos trabalhadores na eleição de um governo voltado para o social, e não para os investidores e especuladores. Devemos eleger deputados e senadores que tenham referência na classe trabalhadora e que, juntamente com o governo, revoguem a Reforma Trabalhista e, aí sim, promovam uma modernização nas regras dentro da CLT, para que os direitos dos trabalhadores sejam ampliados e regulados de forma democrática e justa, por meio de leis que realmente favoreçam a sociedade, e não somente ao poder do capital.
Parabéns a nós, trabalhadoras e trabalhadores da educação, e a todos em geral. Parabéns pela resistência em nosso dia a dia de trabalho e pela contribuindo para a formação de uma sociedade mais justa e preparada para impedir a instalação de governos ditatoriais e fascistas, como o que está de plantão hoje com Bolsonaro, os governadores que os apoiam e os deputados e senadores alimentados pelo orçamento secreto do Congresso.
A luta ainda não acabou e nós, da educação, estaremos sempre aqui, no Dia dos Trabalhadores e em todos os dias, prontos para esses embates. A Contee, as federações e os sindicatos filiados estarão sempre ao lado da categoria nesta luta.
Vivas às trabalhadoras e aos trabalhadores! Vivas à educação!
*Elson Simões Paiva é coordenador da Secretaria de Organização Sindical, Relações de Trabalho, Relações Institucionais e Juventude da Contee
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