1° de maio: Não aceitamos o golpe nem nenhum direito a menos!

Jornadas exaustivas, por vezes maiores que 12 horas de trabalho. Prejuízo à saúde física e mental dos trabalhadores. Férias, descanso semanal e direito à aposentadoria inexistentes. As frases descrevem a situação dos operários na fábricas de Chicago em maio 1886, quando teve início uma greve por melhores condições laborais que, cinco anos mais tarde, deu origem ao 1° de maio como Dia do Trabalhador, conforme aprovado em Bruxelas, durante a Segunda Internacional. Tristemente, porém, poderiam muito bem descrever o Brasil de 2018: o Brasil pós-deforma trabalhista — sim, com D mesmo —; o Brasil que rasgou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT); o Brasil dos contratos intermitentes e precarizados; o Brasil dos rebaixamentos de salário; o Brasil das demissões em massa; o Brasil de 13,7 milhões de desempregados; o Brasil do golpe.

Este 1° de maio de 2018 é, como em todos os anos, um dia de luta para os trabalhadores em todo o mundo. Mas, para a classe trabalhadora brasileira, a luta deste ano é ainda maior, porque não visa apenas propor novas pautas e uma nova agenda de reivindicações, mas mostrar que não aceitaremos amordaçados e paralisados os retrocessos e as perdas que nos imputam. Não aceitamos a reforma trabalhista e queremos sua revogação imediata, bem como a garantia de nossas conquistas nas nossas convenções coletivas. Não aceitamos as medidas recessivas do governo golpista e queremos uma uma política econômica de geração de empregos e renda. Não aceitamos a tentativa de destruir nossa aposentadoria e queremos a defesa da seguridade social e da previdência pública. Não aceitamos o corte de serviços e direitos sociais e queremos o fim do congelamento de investimentos imposto pela Emenda Constitucional 95. Não aceitamos o golpe e queremos “Fora Temer” e “Lula livre”.

Neste 1° de maio, a Contee está presente no ato de Curitiba e em todo o Brasil, nos lugares em que os trabalhadores em educação do setor privado se irmanam a todas as demais categorias para bradar que não aceitamos nenhum direito a menos.

Por Táscia Souza

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