100 mil nas ruas em luta pelo Brasil
Há 50 anos, no dia 26 de junho de 1968, cerca de cem mil pessoas ocuparam as ruas do centro do Rio de Janeiro e realizaram o mais importante protesto contra a ditadura militar daquele tempo.
A marcha dos 100 mil acorreu logo após o que ficou conhecido como a “sexta-feira sangrenta”, em 21 de junho. Dia em que os estudantes ocuparam as ruas contra a repressão. Foi o maior enfrentamento entre policiais, estudantes e população no centro do Rio de Janeiro, que resultaria em 28 mortes.
Após uma semana de repressão, artistas, trabalhadores e trabalhadoras, estudantes, mães e pais se uniram contra um regime brutal que aprisionava o país e amordaçava nosso povo. A grande marcha foi iniciada a partir de um ato político na Cinelândia e cantando Pra não Dizer que não Falei de Flores, canção Geraldo Vandré, se firma como um hino contra o autoritarismo, um símbolo da luta por democracia e igualdade.
O ataque à educação vem de longe
Com grande energia, o movimento estudantil manifestava-se não apenas contra a ditadura, mas também à política educacional do regime militar, que revelava uma tendência à privatização.
Morre Edson Luís
Marcado pela brutalidade, prisões arbitrarias e mortes, o regime militar avançava contra a juventude de forma brutal e pico da violência e da repressão aconteceu no final de março com o assassinato do estudante Edson Luís (foto abaixo), de 17 anos, após invasão do restaurante universitário “calabouço”. O fato marcou todo o país e aprofundou o clima de luta pela liberdade.