11º CONCUT: Vagner Freitas é o novo presidente da CUT

O 11º Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CONCUT) reuniu mais de 2.300 delegados e delegadas, além de 140 dirigentes sindicais internacionais de 40 países. A atividade aprovou um sólido plano de lutas para enfrentar os impactos negativos da crise que afunda as economias dos países capitalistas centrais. Dirigentes da CONTEE acompanham a atividade, que aconteceu em São Paulo/SP, entre 09 e 13 de julho, no Transamérica Expo Center.

Nas intervenções das lideranças dos mais diferentes ramos, uma só determinação: a de afirmar, coletivamente, com suas Confederações, Federações e mais de três mil Sindicatos, um projeto nacional de desenvolvimento que se contraponha à lógica parasitária e excludente do sistema financeiro.

A “Chapa 1 – Somos Fortes, Somos CUT” foi escolhida pela ampla maioria dos delegados, elegendo Vagner Freitas o novo presidente da Central. A nova direção representa a renovação de mais de 30% do quadro à frente da entidade. Pela primeira vez, um bancário ocupará a presidência da maior central sindical do Brasil, representando 38% dos trabalhadores do país, e a quinta maior do mundo. Em 2013, a CUT completa 30 anos.

Veja a relação completa da nova diretoria aqui

Vagner Freitas – Nascido na capital paulista, ocupou a direção do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e também foi presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).O ex-presidente, Artur Henrique, assume agora a secretaria adjunta de Relações Internacionais.

Compromissos

Em seu primeiro discurso como presidente, Vagner Freitas afirmou que a nova direção terá o compromisso de defender os direitos da classe trabalhadora, manter as pautas sociais e continuar com as lutas pela reforma tributária e do setor financeiro. A visão de que não há crescimento sem distribuição de renda também permanece na nova gestão, assim como a missão de unificar as lutas dos trabalhadores do campo e da cidade.

De acordo com ele, a nova direção assume num momento em que a pauta da classe trabalhadora se encontra engessada no Congresso Nacional. “Para destravar é preciso muita pressão do movimentos sociais. Quando o ex-presidente Lula se elegeu, em 2002, disse que o governo era de coalização e, portanto, tínhamos que fazer o nosso papel para que o governo fizesse o dele. E o papel do movimentos sociais é pressionar nas ruas para que outros não ocupem esse espaço e façam com que a política adota seja aquela que não interessa à classe trabalhadora”, definiu.

Como destacou o presidente recém-eleito, o bancário Vagner Freitas, “o Brasil precisa deixar de ser o paraíso dos bancos”, investindo na produção e no fortalecimento do setor público os imensos recursos ainda esterilizados na especulação, dotando o país das condições necessárias a incorporar os milhões de jovens que chegam anualmente ao mercado de trabalho, mas também garantindo apoio e segurança aos idosos.

Congresso aprova paridade de gênero

O momento mais tenso e emocionante do 11º CONCUT foi a aprovação, na manhã desta quinta-feira (12), da paridade entre homens e mulheres nas instâncias de direção.

A partir das próximas eleições, previstas para 2015, tanto a direção Executiva nacional quanto as estaduais da CUT deverão reservar ao menos 50% de cargos para cada gênero.

Educação reforça luta por 10% do PIB

Dos 2.602 delegados inscritos no 11º CONCUT, 642 eram representantes da educação, número que representa 27,65% do total de participantes. Ramo com maior representatividade no encontro – é também o que trouxe a maior quantidade de mulheres, 53,89% –, a Educação reforçou no encontro a necessidade de a CUT manter a mobilização por uma bandeira fundamental não apenas para os trabalhadores do setor, mas para o desenvolvimento sustentável do país: o investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no ensino público, gratuito e de qualidade.

Fonte: CUT, com informações da redação

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