15 de março será dia de luta contra a reforma da Previdência
Em reunião realizada ontem (13), em São Paulo, as principais centrais sindicais convocaram para 15 de março o Dia Nacional de Lutas com Greves e Paralisações contra a Reforma da Previdência. A data é a mesma da greve geral convocada inicialmente pela CNTE e apoiada pela Contee, que chamou mobilização das entidades filiadas e dos professores e técnicos administrativos do setor privado contra as reformas previdenciária e trabalhista.
Na reunião de ontem, lideranças da CTB, CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central Sindical e CSB também chegaram a um acordo sobre o mote que unifica todas as entidades: “Nenhum direito a menos” — o mesmo aprovado no Seminário de Negociação Salarial e Reforma da Previdência realizado na semana passada pela Contee. O objetivo do encontro das centrais foi organizar um movimento de pressão sobre o Congresso para que ele não aprove a PEC 287, proposta de emenda à Constituição que reforma a Previdência Social e revoga direitos históricos da classe trabalhadora.
“Além de reduzir direitos e benefícios, sempre em detrimento dos mais pobres, a reforma ameaça a economia de milhares de pequenos municípios brasileiros, que dependem das aposentadorias e pensões, e abre caminho à privatização do sistema, cobiçado pelo sistema financeiro”, disse o presidente da CTB, Adilson Araújo.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, os atos conjuntos das principais centrais sindicais contra a reforma da Previdência são muito importantes porque “a unidade de luta é fundamental contra este que é o maior ataque aos direitos dos trabalhadores”. Vagner acredita que, juntas, as centrais têm mais chance de barrar essa medida do golpista Temer que, mais do que uma reforma é uma tentativa de acabar com a aposentadoria. “É preciso organizar a sociedade brasileira, alertar as pessoas sobre o real objetivo das mudanças que afetam toda a classe trabalhadora. Temos de unir o Brasil inteiro em uma luta diária e robusta contra todos que pretendem aprovar essa injustiça”, concluiu Vagner.
A reunião também definiu uma agenda com diversas ações que serão realizadas para pressionar os parlamentares. Na semana que antecede o Carnaval, as centrais mobilizarão sua militância em manifestações nos aeroportos, nas bases eleitorais dos deputados e em Brasília. Confira a agenda:
14/2 – 14h – reunião das comissões no Congresso, em Brasília
20/2 – Manifestação e pressão nos aeroportos junto aos parlamentares
21/2 – Mobilização e visitas às presidências da Câmara e do Senado
15/3 – Dia Nacional de Lutas com Greves e Paralisações contra a Reforma da Previdência
Com informações da CTB e da CUT