20 de novembro: Dia da Consciência Negra

Com Seminário de Etnia, Educação e Formação, Contee antecipou as celebrações, em defesa de uma educação sem racismo e sem sexismo

A igualdade racial sempre foi uma das bandeiras e preocupações constantes da Contee. E não poderia ser diferente neste dia 20 de novembro, em que se comemora não só o Dia da Consciência Negra, mas também os 41 anos desde que foi revelada a data do assassinato de Zumbi dos Palmares e 34 anos desde que, em 1978, foi dado o passo que transformaria oficialmente o herói nacional em símbolo de que a resistência do povo negro e sua luta pela liberdade continuam vivas. Tanto que, há pouco mais de dez dias, a Contee antecipou as celebrações e promoveu, nos últimos dias 8 e 9 de novembro, o Seminário de Etnia, Educação e Formação. Com debate sobre a importância de políticas públicas afirmativas na democratização da cultura e das oportunidades e o lançamento da campanha “Mulher Negra mostra a sua Cara”, a Contee mostrou ainda que o ato de festejar o mês da Consciência Negra não pode estar desatrelado da reflexão necessária para transformar a sociedade e da batalha em prol de uma educação não racista e não sexista.

O Seminário de Etnia, Educação e Formação promovido pela Contee no Rio de Janeiro contou com a participação do pesquisador Edson Lopes Cardoso, assessor especial da ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Promoção de Políticas de Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir), que tratou sobre a Lei das Cotas. Ontem, o pesquisador voltou a falar sobre o tema em palestra realizada na Advocacia-Geral da União (AGU), em Brasília, na qual destacou a importância de ações que valorizem a inserção de raça e de gênero na sociedade brasileira. Segundo o professor, entre a Lei Áurea, sancionada em 1888, e a Lei 3.708/2001, que instituiu o primeiro sistema de cotas nas universidades para estudantes afrodescendentes, não houve nenhuma iniciativa que beneficiasse o negro. “Apagamos a escravidão da história.

Durante a palestra, Cardoso ressaltou que, apesar de termos no país uma rica diversidade racial, resultante de todo um processo histórico, é preciso saber lidar com essa variedade que só traz vantagens para o Brasil. “O que fazemos com essa vantagem? Uma sociedade diversificada tem um desafio, que é assegurar o pluralismo. É compromisso da democracia, combater o racismo e o sexismo”.

Da redação, com informações da Agência Brasil

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