7 de setembro: Um grito pela independência é um grito pelo ‘Fora Temer’
‘‘Este sistema é insuportável: exclui, degrada, mata’’. Este é o lema do 22° Grito dos Excluídos que toma as ruas amanhã, 7 de setembro, como já acontece anualmente, numa contraposição crítica às paradas militares do Dia da Independência. Neste ano, a denúncia ao sistema capitalista depreendida do lema escolhido — sistema em que independência é justamente o que não há — deve se juntar à mobilização em defesa da restauração da democracia no Brasil.
Tanto a Frente Brasil Popular quanto a Frente Povo Sem Medo, que têm articulado os movimentos sociais e o movimento sindical contra o golpe convocaram atos para este 7 de setembro e confirmaram participação no Grito dos Excluídos. Embora não haja consenso entre os organizadores do Grito sobre a administração da presidenta Dilma Rousseff, há um entendimento geral sobre a ilegitimidade do impeachment e sobre o fato de que Michel Temer é um usurpador que não representa o povo brasileiro
O coordenador da Central dos Movimentos Populares (CMP) em São Paulo, Raimundo Bonfim, ressaltou a unidade construída entre entidades que lutam por moradia, saúde e educação pública de qualidade e garantia de direitos trabalhistas e sociais. “Será um grito diferente de todos os anos. Durante 21 anos construímos um grito em uma democracia, mas, agora, é um momento de resistência e de denúncia contra um governo ilegítimo que promoveu um golpe no Brasil.”
Da redação, com informações da CMP