Lula volta a criticar o teto de gastos; Bolsonaro fala da eleição do Congresso
Candidato petista falou com jornalistas e participou de caminhada em Belo Horizonte; presidente concedeu entrevista a canal no YouTube
Os candidatos à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) cumpriram agenda em Belo Horizonte (MG) e Brasília (DF), respectivamente, neste domingo (9). Lula falou com jornalistas e participou de uma caminhada na capital mineira. Bolsonaro deu entrevista ao Canal Pilhado e a Paulo Figueiredo, no YouTube.
Em Belo Horizonte, o ex-presidente afirmou que o chefe do Executivo deve se comportar como um maestro regendo uma orquestra. “Ele precisa conviver com as prefeituras e os estados da forma mais harmoniosa possível, porque os problemas que o presidente tem que resolver são pertinentes ao povo que mora em uma cidade.”
Lula relembrou atos do seu governo e voltou a criticar o teto de gastos. “Fui o único presidente da República que cumpriu superávit primário durante todo o período em que fui presidente da República, dando a demonstração de que responsabilidade não precisa ter lei. Responsabilidade precisa ter caráter. É por isso que eu sou contra o teto de gastos. Porque eu não preciso de uma lei pra ser responsável”, disse o candidato petista
“Na minha formação política, (aprendi) que a gente só pode gastar aquilo que a gente ganha. A gente só pode gastar aquilo que a gente produz e, se a gente tiver que fazer dívida, a gente tem que fazer dívida que a gente possa pagar, e fazer dívida pra construir um ativo que possa dar retorno financeiro para quem fez o investimento”, completou o ex-presidente.
Lula também conversou com a imprensa no Cine Belas Artes, na região centro-sul da capital mineira. Em seguida, participou de uma caminhada, que saiu da Praça da Liberdade até a Praça Tiradentes.
Durante a passeata, o ex-presidente, que teve a companhia de Chico Buarque no carro de som, disse que vai recriar o Ministério da Cultura. “Cada capital vai ter um comitê de cultura para que a gente possa nacionalizar a cultura e não ficar refém do eixo Rio-SP. Vamos fazer da cultura, Chico, uma indústria de gerar empregos e gerar renda, porque esses ignorantes não sabem do potencial de emprego que tem a gente empregar dinheiro corretamente da cultura”, afirmou.
Em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro foi entrevistado pelos jornalistas Paulo Figueiredo e Thiago Asmar no podcast Pilhado, no YouTube.
Na entrevista, o candidato à reeleição pelo PL disse que o Brasil tem um potencial enorme e, ao falar sobre o futuro do país, destacou o papel do Congresso. “Temos uma Câmara e um Senado mais de centro-direita. Ou seja, eu sendo reeleito, vou ter facilidade de aprovar projetos de interesse da população. Se for o outro lado, vai bater de frente com o Parlamento e não vai para frente o Brasil”, afirmou.
O presidente voltou a exaltar feitos do seu governo como o lançamento do Pix e o Auxílio Brasil de R$ 600: “O Pix é uma revolução no Brasil. A questão do Pix ajudou a diminuir a violência no Brasil, porque você raramente ouve falar sobre ‘saidinha de banco’ ou ‘assalto no botequim’”, acrescentou o presidente.
Ao citar o pagamento de benefícios sociais, Bolsonaro disse que, no passado, o Bolsa Família “não dava para nada” e comentou que, se arranjasse um emprego, a pessoa que recebia o auxílio ainda perdia o benefício. “Conosco, não perde. Ainda ganha mais R$ 200”, afirmou.
O presidente também voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) e foi questionado sobre aumentar as vagas de ministros da corte. “Essa sugestão já chegou para mim. Falo que todas as sugestões, a gente decide depois das eleições”, respondeu Bolsonaro.
*Com informações de Bruna Festa, Lucas Iotti, Luciana Amaral, Tainá Falcão, e Vianey Bentes