Debate não altera intenções de voto para Lula e Bolsonaro, diz Ipespe
Petista tem 49%, e Bolsonaro, 43%, segundo pesquisa realizada entre segunda (17) e terça-feira (18)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 49% das intenções de voto para o segundo turno das eleições, ante 43% de Jair Bolsonaro (PL), diz pesquisa realizada pelo Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) em parceria com a Abrapel (Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais).
O levantamento foi feito a partir de 1.100 entrevistas realizadas entre segunda (17) e esta terça-feira (18) em todo o país. A margem de erro é de três pontos percentuais. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-06307/2022.
Aqueles que dizem pretender votar em branco, nulo ou em nenhum candidato somam 6%, e os que afirmam não saber qual dos dois escolher, 2%.
Se considerados apenas os votos válidos, o petista chega a esta etapa da corrida eleitoral com 53% das intenções de voto, e o atual mandatário, com 47%, segundo o Ipespe.
Excluídos nulos, brancos e indecisos, Lula oscilou um ponto para baixo em relação à pesquisa divulgada há uma semana pelo Ipespe, e Bolsonaro, um ponto para cima —ambos dentro da margem de erro.
O debate promovido por Folha, UOL, TV Bandeirantes e TV Cultura no domingo (16), portanto, não teria alterado o desempenho dos dois nas intenções de voto para o segundo turno.
O impacto do confronto entre os presidenciáveis também foi avaliado pelo Ipespe. Dos respondentes, 46% disseram ter assistido ao debate na íntegra ou em parte, 33% não assistiram nem ouviram falar e 21% afirmaram não ter assistido, mas ouvido falar.
Entre os que declaram voto em Jair Bolsonaro o índice de espectadores chega a 53%. Entre os de Lula, esse número cai para 42%.
Na avaliação de 42% dos entrevistados, o atual chefe do Executivo se saiu melhor no debate, contra 41% que apontam Lula como o que teve o desempenho mais satisfatório. Para 10% dos respondentes, por outro lado, nenhum dos dois candidatos foi bem.
A opinião sobre o presidente Jair Bolsonaro melhorou para 27% dos que assistiram ao confronto, piorou para 19% e não mudou para 48%, segundo a pesquisa.
Já a opinião sobre o ex-presidente Lula melhorou para 26%, piorou para 21% e se manteve a mesma para 46% dos entrevistados que viram o debate.
As pesquisas eleitorais são um retrato da intenção dos eleitores no momento em que as entrevistas são feitas, e não uma projeção do resultado eleitoral, que só será conhecido no dia do pleito, com a apuração oficial.
Até o instante de apertar o botão na urna, muitas variáveis podem fazer com que as pessoas mudem de posição. Para fazer uma análise mais ampla do cenário eleitoral, o eleitor deve levar em conta o conjunto de questões que os levantamentos abordam, e não um único indicador.
O economista Arminio Fraga, a senadora Simone Tebet (MDB) e a deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) se reuniram, na noite de segunda-feira (17), com um grupo de pessoas que estão em dúvida sobre em quem votar no segundo turno das eleições. O objetivo foi convencê-los a apoiar a chapa Lula-Alckmin para a Presidência. O jantar ocorreu na casa de Candido Bracher, ligado ao Banco Itaú, no bairro Alto de Pinheiros, em São Paulo. O empreendedor social Rodrigo Mendes, fundador do instituto que leva seu nome, passou por lá.