Bolsonaro completa duas semanas sem dar as caras no trabalho

Jair Bolsonaro (PL) completou nesta quinta-feira (17) duas semanas sem aparições públicas. Ele está recluso no Palácio da Alvorada desde que perdeu a eleição.

Nesse período, os encontros que ele teve foram dentro do Palácio da Alvorada, a residência da Presidência da República.

Nas redes sociais, em que costumava ser ativo, Bolsonaro diminuiu o ritmo de publicações. No Twitter, ele fez apenas três publicações.

As conversas no cercadinho na porta do Palácio também deixaram de existir. Antes, eram conversas diárias com apoiadores onde ele disparava impropérios, notícias falsas, ameaçava as instituições e berrava contra adversários.

É verdade que, ao longo de seu governo, trabalhar nunca foi a sua marca. Sempre tinha um passeio de moto, de Jet Sky, churrasco com picanha a R$ 1.799 o quilo e outras atividades muito laboriosas. O horário de trabalho era bem reduzido. Agora, com a derrota, ele radicalizou.

O presidente derrotado delegou ao vice Hamilton Mourão a tarefa de receber na quarta-feira (16) cartas credenciais de embaixadores estrangeiros que irão atuar no Brasil.

No início do governo, ele fez cerimônias abertas para receber os diplomatas de outros países. Depois, passou a fazer solenidades fechadas e, agora, sequer participou do ato que marca oficialmente o início da missão dos embaixadores no Brasil.

Segundo explicações de pessoas do seu entorno, ele se recupera de um quadro de infecção bacteriana nas pernas. O Planalto não tem comentado o estado de saúde do mandatário. Na quarta, Mourão afirmou que Bolsonaro não esteve presente no evento porque está “se curando” de um problema na perna.

“Questão de saúde. Está com ferida na perna, uma erisipela, não pode vestir calça, como ele vai vir para cá de bermuda?”.

O vice-presidente afirmou, ainda, que teve uma “conversa protocolar” com os novos representantes de missões diplomáticas e que falou, entre outros assuntos, sobre “corrente de comércio que temos com os países”.

O vice também recebeu na quarta as cartas dos embaixadores do México, Laura Beatriz Valdés; da Dinamarca, Eva Bisgaard Pedersen; da Finlândia, Johanna Karanko; de Myanmar, Aung Kyaw Zan; do Nepal, Nirmal Kafle; e da Argentina, Daniel Scioli.

Hora do Povo

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