SinproSP: Assembleia autoriza continuidade das negociações e mantém indicativo de greve
Nossa mobilização coletiva, as ações estrategicamente organizadas, as visitas às instituições e o diálogo permanente da diretoria do SinproSP com a base, o bom barulho que se espalhou pela cidade, a pressão que fizemos sobre os patrões e a perspectiva real de greve fizeram com que as peças fossem obrigadas a se movimentar positivamente no tabuleiro das negociações – e o sindicato patronal agora sinaliza para a perspectiva de que as conversas possam avançar com seriedade e convergir para um final capaz de contemplar a pauta de reivindicações da categoria.
Com esse cenário no horizonte, a assembleia das professoras e professores do Ensino Superior, realizada na quinta-feira, 18 de maio, seguiu mais uma vez a orientação da diretoria do SinproSP e decidiu rejeitar (89% dos votos) a mais recente contraproposta feita pelo Semesp, autorizando a comissão coordenada pela Fepesp a acelerar as tratativas para avançar nas negociações, com vistas à construção de um possível acordo, mantendo ainda o indicativo de greve (96% de votos). Vale sempre lembrar que a campanha é estadual e unificada – e as mesmas posições deliberadas pelas professoras e professores da capital têm sido também aprovadas pelas assembleias de todos os demais sindicatos que fazem parte da Federação.
“Há ainda aspectos financeiros e cláusulas que são importantes para nós, como EAD e piso salarial, além do tempo de duração da Convenção, que precisam ser discutidos e ajustados. Mas reconhecemos que, pressionados, os patrões flexibilizaram a lógica em que vinham fincando pé. É possível buscar consensos. Vamos insistir nos nossos princípios e na negociação, estabelecendo um limite de tempo para esse processo. Essa dinâmica resolveria também as disputas atualmente em curso nos tribunais superiores. Se a negociação não for bem sucedida, definiremos o início da greve”, destacou Celso Napolitano, presidente do SinproSP e da Fepesp.
A assembleia apontou ainda, como indicativo para a comissão de sindicatos da Fepesp, que sejam intensificadas as rodadas de negociação, nas próximas duas semanas, com novas assembleias estaduais acontecendo logo em seguida. Enquanto isso, a mobilização e a pressão permanecem – carros de som nas ruas, visitas às salas de professoras e professores, circulação de material informativo, conversas com colegas, ampliação da rede digital de apoio. Porque não desistimos. Exigimos. E seguimos juntas e juntos, firmes nessa luta.