Erika Hilton é a primeira líder trans em bancada no Congresso
“Pela primeira vez na história uma mulher trans liderará uma bancada no Congresso e negociará de igual para igual”, afirma a deputada que assume a posição até então ocupada por Guilherme Boulos
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) fez história hoje (21). Por unanimidade em votação em sua federação partidária, ela será líder da bancada PSOL-REDE na Câmara dos Deputados. Com esta conquista, Hilton se torna a primeira pessoa trans a assumir o cargo na Casa Legislativa. “Muito orgulhosa de ter sido indicada de maneira unânime como nova líder da bancada do PSOL-Rede na Câmara”, disse.
Erika compartilhou com entusiasmo a notícia em suas redes sociais, onde expressou sua satisfação com a nova responsabilidade. “Pela primeira vez na história uma mulher trans liderará uma bancada no Congresso e negociará de igual para igual com todos os líderes partidários, na defesa do projeto eleito em 2022 e na base do governo Lula”, completou Erika.
A eleição de Hilton ocorreu durante a primeira reunião da bancada de deputadas e deputados do PSOL e da Rede Sustentabilidade neste ano de 2024. A parlamentar assume agora o cargo anteriormente ocupado por Guilherme Boulos (PSOL-SP) e passa a liderar 14 deputados de ambos os partidos.
Boulos deixa seu cargo em um movimento prévio para poder disputar as eleições à prefeitura de São Paulo em outubro. “Feliz de passar o bastão para minha amiga e companheira aguerrida Erika Hilton! Sem dúvida alguma, fará um trabalho excelente à frente da nossa bancada”, disse. Erika é uma das parlamentares mais ativas na defesa de pautas populares no Congresso.
Trajetória de Erika Hilton
Erika Hilton ingressou em 2022 para o seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados, marcando sua trajetória como uma das primeiras parlamentares trans da história da Casa. Ao lado da deputada Duda Salabert (PDT-MG), Hilton quebra barreiras e fortalece a representatividade trans no cenário político nacional.
Antes de chegar à Câmara dos Deputados, Hilton obteve expressiva votação em 2020, tornando-se a vereadora mais votada do país em São Paulo, com 256.903 votos. Durante dois anos, ela presidiu a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de São Paulo, destacando-se por sua atuação comprometida com pautas sociais e de inclusão.