XV CONSIND debate educação básica e juventude

O segundo dia de atividades do XV Consind da CONTEE, que aconteceu em são Paulo/SP, em 21 e 22 de outubro, teve importantes mesas de debates. A primeira tratou da reforma do ensino Básico e recebeu o Professor Francisco Cordão, Presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE). Em seguida, o tema proposto foi Juventude e Movimento Sindical, com a participação de Rosana Sousa, representando a juventude da CUT, e Paulo Vinícius, da juventude da CTB.

Em sua exposição sobre as reformas no ensino médio e na educação profissional técnica, o Professor Francisco Cordão, mostrou dados sobre o atual cenário educacional nos segmentos, falou sobre a estrutura da educação nacional, desde o ensino infantil, fundamental, ensino médio e superior, e apresentou os pilares da educação na sociedade do conhecimento, pela visão da OIT e UNESCO, e as diretrizes curriculares nacionais, citando pareceres do CNE sobre o tema.

Segundo Cordão, “a educação profissional não ocupa o lugar do ensino médio, mas se assenta nele”. De acordo com o professor, o ensino médio tem que articular as questões do trabalho, da cultura, da ciência e da tecnologia. Ele afirmou que o ensino médio é um direto social e dever do Estado, “na sua oferta pública e gratuita”, onde as “unidades escolares têm que observar as finalidades previstas na LDB”. Para Cordão, o objetivo geral do ensino médio inovador e da educação profissional é desenvolver um programa de apoio para reestruturação pedagógica e organização das escolas públicas. O professor também disponibilizou o material de sua apresentação. Acesse aqui.

A necessária disputa da juventude

Em seguida, os participantes do XV Consind acompanharam a exposição sobre juventude, com Rosana Sousa da CUT. De acordo com as informações trazidas pela convidada,“75% dos jovens estão no mundo do trabalho e apenas 20% deles continuam estudando. Além disso, “dos 25% que não trabalham apenas 10% estudam”. E questionou: “como falar aos jovens desempregados sobre a importância dos sindicatos?”. Em sua apresentação, Rosana destacou ainda a atuação da juventude da CUT e o papel da comunicação para atrair essa parcela da sociedade para a militância sindical.

O representante da juventude da CTB, Paulo Vinícius, demonstrou preocupação com o avanço da direita, segundo ele, “de posições fascistas, que fala diretamente para a juventude e que cresce nas escolas privadas, que não deixam o estudante organizar o grêmio estudantil”. PV lembrou que o jovem é hoje a maior vítima da violência, desemprego e drogas de extermínio, como o crack. “A juventude passou por um grave ataque ideológico de que não existe um projeto coletivo possível, além da negação da política como instrumento de luta”. 

Em função disso, o dirigente acredita que a juventude precisa ser disputada pelos movimentos sindicais e sociais. “É preciso utilizar as mídias, dominar a linguagem, reconhecer a sua legitima representação na base do movimento. Contemplar as bandeiras sindicais dessa geração, varrer o machismo, a homofobia e o preconceito – que afastam, sobretudo, os jovens”, destacou.

Fotos: Xantilee Jesus
Daniele Moraes, de São Paulo/SP.

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