Programa de Evolução Profissional não tem aval dos sindicatos, nem da Fepesp
Representantes do Sesi e do Senai têm se reunido com professores e funcionários nas unidades para explicar o Plano de Evolução Profissional. Indevidamente, tem sido dito que o plano foi acordado e assinado com os sindicatos.
Não é verdade. O plano foi elaborado por consultores, sem nenhuma participação da Fepesp e dos sindicatos.
Uma situação bastante diferente do que ocorreu no primeiro plano de carreira no Sesi, em 2002. Naquele momento, os professores, os sindicatos e a Fepesp conheceram antecipadamente o projeto e puderam opinar sobre ele.
Os sindicatos chamaram reuniões para discutir a proposta com os professores. A categoria acabou propondo alterações. Algumas delas foram aceitas e incorporadas ao plano.
Desta vez não. Ninguém – nem a Fepesp, nem os sindicatos e nem os professores, foram chamados a discutir o plano.
Depois de concluído e aprovado pelos conselhos de administração do Sesi e do Senai, os representantes patronais pediram uma reunião com a Fepesp e os sindicatos para descrever as linhas gerais do plano, como também foi feito com os professores.
A reunião, divulgada pela Fepesp, foi marcada para o 29/01. No dia seguinte, publicamos no site o teor da discussão. As entidades sindicais se mostraram preocupadas com alguns aspectos, principalmente a avaliação de desempenho, e pediram que os professores tivessem liberdade para criticar e sugerir mudanças.
A Fepesp e os sindicatos jamais dariam aval a uma proposta sem ouvir os professores e ser autorizados por eles.
Pelo momento, só podemos avalizar a luta por um processo de democratização interna no Sesi e no Senai, que possibilite aos professores discutir, opinar e interferir em todas as esferas que se relacionam ao seu trabalho. A Política de Evolução Salarial é um exemplo!