Renato Janine dá posse a novo presidente da Capes e destaca papel da ciência
O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, empossou hoje (7) o novo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Engenheiro eletrônico formado pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), Carlos Afonso Nobre assumiu o cargo ocupado desde 2004 por Jorge Almeida Guimarães.
No discurso de posse, na manhã de hoje, na sede da Capes, o ministro Renato Janine e Carlos Nobre destacaram o papel da ciência como fundamental para redução da desigualdade social no Brasil. Vinculada ao MEC, a Capes é responsável pelo reconhecimento e pela avaliação de cursos de pós-graduação em todo o país.
Para o novo presidente da entidade, os estímulos proporcionados pelo governo brasileiro à produção científica têm sido ferramenta relevante para amenizar os efeitos da crise econômica no país e diminuir as diferenças sociais, possibilitando que as camadas menos favorecidas da população tenham acesso à educação, particularmente à produção acadêmica.
“Há uma percepção generalizada de crise no setor industrial. Esse círculo, no entanto, se fecha se olharmos para a produção científica [que tem sido desenvolvida no Brasil]. Somos atualmente o terceiro país que mais produz trabalhos acadêmicos”, disse Nobre, ao defender políticas de incentivo à formação e, em consequência, à publicação de trabalhos acadêmicos desenvolvidos no país.
Carlos Nobre acrescentou que a Capes precisa continuar em busca de novas iniciativas e mecanismos para ajudar o Brasil a enfrentar, de forma sustentável, seus problemas.
“O Ciência sem Fronteiras é um marco da ciência brasileira para o mundo. É um vetor do Brasil para as principais universidades estrangeiras. Precisamos trabalhar para trazer mais estrangeiros para produzirem aqui no Brasil. Nosso potencial de atratividade é imenso.”
Para o ministro, não basta produzir conhecimento. É preciso colocá-lo em prática. “A Capes é uma das joias da coroa do Brasil. Sua atuação tem de ser no sentido de que o conhecimento não se limita ao mundo como é, mas que almeje como ele [o mundo] pode ser. E como ser melhor”, explicou o ministro.
Renato Janine destacou ações recentes em defesa da inclusão social como “prioridade irrenunciável nacional”. Segundo ele, nenhum político brasileiro que queira ser eleito poderá, a partir desses referenciais, deixar de dar continuidade às políticas sociais desenvolvidas pelos governos Lula e Dilma.
“Em apenas cinco anos, um quarto da população foi retirado da miséria e da pobreza extrema. Não [apenas] por programas como o Bolsa Família, mas sim pela política de valorização real do salário mínimo, que, em termo de poder de compra, somente agora chega ao valor de 70 anos atrás”, concluiu o ministro.