Contee denuncia desmonte do Estado e da educação brasileira em encontro da Fise
A Contee denunciou ontem (6), durante encontro da Federação Internacional dos Sindicatos da Educação (Fise), o golpe, o desmonte do Estado e a onda conservadora que se alastra no Brasil. A reunião da Fise aconteceu em Durban, na África do Sul, no âmbito do 17° Congresso da Federação Sindical Mundial (FSM). A Contee foi representada pela coordenadora da Secretaria-Geral, Madalena Guasco Peixoto, e pela coordenadora da Secretaria de Relações Internacionais, Maria Clotilde Lemos Petta.
O presidente da Fise, Ismail Hassan, e sua vice-presidenta, Marilena Betros, abriram a reunião, na qual os representantes de cada entidade participante fizeram uma explanação sobre a conjuntura educacional de seus respectivos países. Marilena Betros e a diretora da Contee, Madalena Guasco, falaram sobre a conjuntura brasileira e o desmonte dos direitos sociais e da soberania nacional que vem sendo posto em prática pelo governo golpista.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 — que congela os investimentos públicos por 20 anos — e o avanço da privatização da educação foram dois problemas graves enfatizados por elas, assim como o avanço do conservadorismo e o movimento Escola Sem Partido, que tenta instituir uma Lei da Mordaça nas escolas. “Os presentes ficaram muito preocupados com esse avanço do conservadorismo no Brasil e com o que isso pode acarretar em seus países”, disse Madalena.
A reunião de ontem também discutiu os preparativos para o 2° Encontro da Fise na América Latina e no Caribe, que tem como tema “A descolonização da educação na América Latina e no Caribe: desafios e perspectivas” e será realizado em 2017, no Brasil. A coordenadora da Secretaria de Relações Internacionais da Contee, Maria Clotilde Petta, avaliou a discussão como um “importante momento para a organização dos/as trabalhadores/as em educação no mundo”.
Da redação