Juntos com os estudantes: unidos somos fortes
Cerca 5,8 milhões de estudantes fizeram, no último fim de semana, as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ao passo que 271.033 tiveram as provas adiadas para os dias 3 e 4 de dezembro. E esse adiamento não se deve, como o Ministério da Educação propagou, às ocupações estudantis em escolas e universidades. Deve-se, na verdade, à truculência do governo golpista, que, além de tomar medidas contrárias às políticas educacionais — como a Proposta de Emenda à Constituição 241 (PEC 55 no Senado), que congela os investimentos públicos por 20 anos, e a Medida Provisória 746, que impõe uma reforma desastrosa no ensino médio — ainda tenta criminalizar as ocupações legítimas e responsabilizar os jovens que nada estão fazendo além de lutar bravamente pelo seu direito à educação.
Se as eleições puderam acontecer normalmente em mais de mil escolas ocupadas, porque o Inep não pôde mudar o Enem de lugar? Essa é a pergunta dos estudante e também da Contee, rechaça o posicionamento e os falsos argumentos do governo usurpador e se coloca ao lado e em defesa dos secundaristas e universitários nesta luta. Como destacou a nota divulgada por Ubes, UNE e ANPG e compartilhada pelo Portal da Contee, ao “adiar a realização do Enem nas instituições ocupadas para o mês de dezembro, o ministério tenta lamentavelmente colocar os estudantes uns contra os outros, buscando enfraquecer o movimento legítimo das ocupações. No entanto, não terá sucesso. A juventude se ergueu contra o congelamento do seu futuro, vamos ocupar tudo, vamos barrar essa PEC e a MP do ensino médio com toda a nossa força. Nossa luta não acabou, segue e se fortalece por meio de novas instituições ocupadas e mobilizadas”.
Por isso, não só manifestamos solidariedade aos estudantes, como também nos juntamos a eles. Na próxima sexta-feira, 11 de novembro, nosso trabalho será nas ruas, com paralisação em todo o país contra a PEC 241, a MP do ensino médio e todos os ataques do governo à educação, aos estudantes e aos trabalhadores.
Assista a vídeo da Ubes sobre o movimento de ocupações das escolas:
Da redação