Professores fazem paralisação na Argentina por aumento de salários

Milhares de docentes se dirigiram à sede do Ministério da Educação ontem (6) reivindicando reajuste para compensar perdas decorrentes da inflação de 40% em 2016
CTA/FACEBOOK
Organizadores estimam que marcha de professores, ontem (6), em Buenos Aires, reuniu 50 mil pessoas

São Paulo – Milhares de professores argentinos da rede pública de ensino se concentraram na Avenida 9 de Julio, no centro de Buenos Aires, exigindo um reajuste salarial para a categoria, em nível nacional, que compense a inflação de 40% do ano passado. Eles fizeram um ato na tarde desta terça-feira (7), organizado pela Confederação Geral do Trabalho da Argentina (CGT) e pela Central de Trabalhadores da Argentina (CTA).

Após diversas tentativas de diálogo com o governo de Mauricio Macri, docentes convocaram uma paralisação de 48 horas nos dois primeiros dias do ano letivo de 2017. Segundo a Frente Nacional Docente, que agrupa os cinco maiores sindicatos da categoria no país, a adesão à greve chega a 92%.

Ontem (6), na capital argentina, os professores marcharam apoiados por representantes da Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) e percorreram as principais ruas da cidade desde o Congresso Nacional até o Ministério da Educação. “Esta marcha com mais de 50 mil professores deve fazer o governo refletir”, declarou a representante sindical Sonia Alesso.

Enquanto Macri inaugurava o ano letivo na província de Jujuy junto ao ministro da pasta, Esteban Bullrich, as salas das escolas públicas permaneceram vazias no restante do país. Em apenas três províncias, Jujuy, Santiago do Estero e San Luis, as aulas tiveram início. No resto, em todos os níveis, 12 milhões de alunos ficaram em suas casas.

Depois da paralisação de 48 horas e de outra marcha a ser realizada nesta quarta (8), acompanhando a CGT, os professores preparam um plano de luta por melhores salários e condições de trabalho.

“Paritária nacional ou segue a greve”, declarou Hugo Yasky, da CTA. “Ir contra a escola pública é analfabetismo político, seja na Casa Rosada ou no Ministério da Educação. Não há nada mais nobre para os argentinos do que a escola”, disse o sindicalista.

Da Rede Brasil Atual

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