Em assembleia, Contee manifesta apoio à greve na Unimep
Os professores da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep) decidiram, por unanimidade, manter a greve na instituição, uma vez que não houve avanço em nenhuma das reivindicações de docentes, estudantes e técnicos administrativos. A decisão foi tomada em assembleia realizada na noite na última segunda-feira (14), com a presença da coordenadora da Secretaria de Relações Internacionais da Contee, Maria Clotilde Lemos Petta, que manifestou apoio ao movimento em nome da Confederação. “A greve continua, com a proposta aprovada de criar um Fórum Nacional dos professores, técnicos administrativos e estudantes das universidades metodistas do Brasil. Essa decisão é muito importante, pois contribui para unificar as lutas nessas instituições”, destacou, lembrando que os problemas têm sido severos em todo o país. A diretora da Contee também destacou a atuação do Sinpro Campinas e Região.
Entre as propostas rejeitadas pela assembleia estava o cronograma para regularização do sistema informatizado (TOTVS) que foi implantado pela Rede Metodista de forma arbitrária. De acordo com a proposta, recursos básicos necessários para a realização das atividades acadêmicas e pedagógicas apenas seriam postos em funcionamento daqui a alguns meses. Isso faria com que, por exemplo, alunos que precisassem de certificação e matrícula para poderem iniciar seus estágios só teriam o acesso a esse serviço em outubro. “A diretoria geral do IEP [Instituto Educacional Piracicabano] pensa efetivamente que a condução de uma greve e a possibilidade de encerramento seja com respostas evasivas, descuidadas e no mínimo desatentas, nós não podemos aceitar”, criticou a secretária-geral do sindicato e professora da Unimep, Conceição Fornasari.
O presidente da Associação dos Professores da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (Apropucc), Edmilson Arendt, também participou da assembleia e manifestou apoio ao movimento. Na segunda-feira, a Apropucc divulgou nota de solidariedade aos docentes, funcionários e estudantes da Unimep. “De forma autoritária a Rede Metodista, mantenedora do Instituto Educacional Piracicabano, adotou um sistema de tecnologia que está gerando instabilidade no meio educacional e prejudicando a vida acadêmica e funcional da comunidade universitária. Essa medida fere as condições de ensino e a autonomia universitária e descumpre, ainda, as normas internas da Universidade”, diz o documento. “Essa manifestação pública se deve ao fato de que não se verifica no horizonte outro tipo de recurso contra a política de ingerência — acadêmica, administrativa e financeira — da Rede Metodista. Somado a isso, têm-se, ainda, o desrespeito a vários pontos da Convenção Coletiva de Trabalho dos docentes. Assim, é legítima e necessária a greve contra uma infraestrutura antidemocrática e condições de trabalho e ensino precarizadas.”
Os funcionários da universidade também aprovaram a continuidade da greve. A próxima assembleia dos professores será quinta-feira, às 19h30, no campus Taquaral.
Por Táscia Souza, com informações do Sinpro Campinas e Região