Nota de solidariedade à professora Marcia de Lourdes Friggi, agredida por um estudante em SC
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee manifesta publicamente sua solidariedade à professora Marcia de Lourdes Friggi, agredida na última segunda-feira, 21 de agosto, por um estudante de Ensino de Jovens e Adultos (EJA), no município de Indaial, estado de Santa Catarina.
O relato dilacerado da professora viralizou na internet e expôs a brutalidade à qual estão expostos os docentes brasileiros. Porque não se trata de um caso isolado e porque sequer a responsabilidade pode ser atribuída exclusivamente ao adolescente que a agrediu. A violência física sofrida por Marcia e por tantos outros professores no país, alvos de casos extremos de indisciplina que aumentam a sensação de insegurança, precisa ser combatida, mas ela também faz parte de uma violência simbólica que oprime e desvaloriza a docência.
Violência simbólica presente na falta de atenção à escola pública, na carência de remuneração digna, nos contratos temporários — como no caso da professora Marcia — que tratam professores como trabalhadores de segunda categoria, no rebaixamento da formação, na desprofissionalização do magistério, nas jornadas exaustivas, no excesso de atividade extraclasse, na necessidade de dois ou até mesmo três empregos para complementação da renda.
É preciso que a sociedade olhe para o rosto marcado da professora Marcia e enxergue sua própria responsabilidade. A violência contra ela e contra todos os professores deve ser repudiada. E a educação e aqueles que trabalham por ela diariamente devidamente respeitados e valorizados.
Brasília, 22 de agosto de 2017.
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee
Como professora, é indignada com mais esse fato. Quero que sindicatos e outras órgãos ligados a educação que faça algo oficial que altere a lei e quem quer que seja, será processado gravemente, caso abrirá o professor em atividade. Se a lei Mária de Penha. Que seja realizada a lei Márcia de Lurdes. Mudanças já!