“Celebrar a revolução de outubro é lutar pela paz”, diz filósofo italiano Domenico Losurdo
O legado da Revolução Russa foi o tema exposto pelo filósofo marxista italiano, Domenico Losurdo, na noite da última terça-feira (3), no Sindicato dos Engenheiros em São Paulo em evento que celebrou seu centenário.A atividade, promovida pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Fundação Mauricio Grabois com apoio da Editora Boitempo, reuniu representantes do movimento sindical, estudantil, intelectuais e políticos no evento comemorativo ao centenário da revolução.O secretário de Formação da CTB, Ronaldo Leite, representou a central no evento. Na opinião dele, a experiência russa foi precursora nos avanços sociais e inspirou a luta da classe trabalhadora mundial por sua emancipação.
O filosofo afirmou que a revolução de outubro de 1917 marcou o início da luta anti-imperialista e anticolonialista. “Retomar a Revolução Russa significa ser contra o colonialismo, contra as tentativas de destruir o estado de bem-estar social, contra as políticas de austeridade, contra a polarização social que ocorre no ocidente, significa lutar pela paz”, expressou Losurdo durante sua palestra.
Segundo o marxista, após a queda da União Soviética as guerras colonialistas, travadas pelos Estados Unidos e seus aliados, se espalharam pelo mundo em países como Panamá, Iraque, Iugoslávia, Líbia e Síria. Para ele, o colonialismo não desapareceu e citou o exemplo de Israel que deporta os palestinos de suas terras.
“A luta socialista não pode estar desassociada da emancipação política e social”, sublinhou. No fim do encontro Ronaldo Leite presenteou Losurdo com o livro do jornalista e assessor da CTB, Umberto Martins “O Golpe do Capital contra o Trabalho”, que inaugura uma série de publicações da central em parceria com a editora Anita Garibaldi.
Acompanhe abaixo a íntegra da palestra: