Internet como fonte e espaço de luta e argumento é apresentada a sindicalistas

O segundo dia do curso A comunicação para enfrentar o retrocesso, promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo, abordou TV e rádio Web e redes sociais. “Ouvimos palestras que destacaram a importância do movimento sindical e das entidades populares se valerem de todos os recursos das redes sociais para divulgarmos nossas lutas e avançarmos em nossa organização”,  avaliou o coordenador da Secretaria de Comunicação Social da Contee, Alan Francisco de Carvalho.

Durante toda a manhã, o jornalista Luiz Carlos Azenha, da TV Record e do blog Viomundo, explanou e debateu sobre a TVweb e apresentou vídeos e aplicativos úteis para a sua implantação. “Para fazer um bom trabalho, é necessário saber o assunto a ser tratado, ter contato com as pessoas que serão entrevistadas e cuidar da edição, para que seja dinâmica”, opinou. Ele apresentou os vídeos Brasil: uma história de intervenções e Pega na mentira, sobre o flagrante da senadora Ana Amélia (PP-RS) incitando a violência contra a caravana do ex-presidente Lula no Rio Grande do Sul.

Laura Capriglione, do Jornalistas Livres, e o publicitário Thallis Cantizani iniciaram os trabalhos da tarde falando sobre as redes sociais. Segundo ela, “o golpe não teria ocorrido sem o concurso da grande mídia. A Globo convocava as manifestações como se fossem para as diretas-já, só que elas não eram contra um ditador, mas contra uma presidenta eleita. Porém nas redes sociais existem também o contraditório, e elas viraram um verdadeiro território de guerra”. Thallis disse que existem mais de 2,46 bilhões de usuários nas redes e que, “98,8% dos brasileiros que usam a internet estão nas redes. A rede fornece argumentos para os militantes – de esquerda ou direita – e os convoca para as ruas”.

Na última mesa do dia, Carlos Tibúrcio, da Rádio Democracia no Ar, e Osvaldo Colibri, da Rádio Brasil ressaltaram a importância que a rádio continua tendo na vida dos brasileiros. “São 52 milhões de ouvintes que precisam ter acesso às informações, pontos de vista e canções que a mídia monopolista não dá”, afirmou Colibri. Tibúrcio argumentou que “o cidadão quer um resumo dos fatos mais importantes do dia, e é o que fazemos diariamente, às 7h e às 18h, e que fica disponibilizado o dia inteiro no nosso site”. Ambos informaram que os programas que colocam nos sites na internet podem ser reproduzidos gratuitamente.

Carlos Pompe

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo