Brasil voltou a perder vagas com carteira assinada em junho, indica Caged
Os números computados pelo Brasil após reforma trabalhista continuam sendo negativos e sinalizam para uma realidade de crise. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, e foram divulgados no final da tarde desta sexta (20).
A pesquisa indica que o Brasil fechou 20.832 vagas com carteira assinada em 2017, terceiro ano seguido no vermelho.
Segundo a pesquisa, no mês passado, o número de demissões (1.168.192) superou o de contratações (1.167.531 contratações), com um saldo de 661 postos de trabalho fechados.
O comércio e a indústria puxaram o resultado negativo.
Extrativa Mineral : -88
Administração Pública: -855
Construção Civil: -934
Indústria: -20.470
Comércio: -20.971
Trabalho intermitente avança
Segundo o ministério, a modalidade de trabalho intermitente – a possibilidade de trabalhar sem horário fixo e ganhando apenas pelas horas trabalhadas – registrou 4.068 novas contratações frente 1.380 demissões em junho.
As contratações desse tipo se concentraram no setor de serviços (1.348), no comércio (483) e na indústria (366).
Salários despencam
Outro impacto sentido pela classe trabalhadora e a desvalorização dos salário após a reforma. Em junho, por exemplo, o salário médio de admissão foi de R$ 1.534,69, enquanto a média na demissão foi de R$ 1.688,25.
E fica pior. Quando descontamos a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), houve queda de R$ 12,26 (-0,79%) no salário de admissão e de R$ 18,25 (-1,07%) no salário de desligamento, em comparação com o mês anterior.