Adilson Araújo: CTB condena fim do Ministério do Trabalho

A CTB condena o fim do Ministério de Trabalho e alerta que a sua extinção significará a descriminalização e institucionalização do trabalho análogo à escravidão e o fim das listas sujas de empresas que submetem seus empregados a condições degradantes”, declarou o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, ao comentar a declaração do ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, desta segunda-feira (3), na qual reafirmou a extinção do MTE a partir de 1º de janeiro, quando o presidente Jair Bolsonaro assume o Executivo nacional.

Em entrevista à Rádio Gaúcha nesta manhã, Onyx explicou que as atuais atividades da pasta serão distribuídas entre os ministérios da Justiça, da Economia e da Cidadania. Segundo ele, tanto as concessões de cartas sindicais quanto a fiscalização das condições de trabalho ficarão a cargo da equipe de Sergio Moro (Justiça). Sob o guarda-chuva de Paulo Guedes (Economia) e Osmar Terra (Cidadania) serão divididas as políticas de emprego, contemplando ações voltadas para o empregador e para empresários.

“São lamentáveis as declarações do porta-voz da gestão Bolsonaro esse desmonte compromete um trabalho de 88 anos e vai na contramão da luta por um Brasil democrático e justo. Embora esvaziado ao longo dos últimos 2 anos, o MTE desempenha importante papel na promoção do emprego e do desenvolvimento nacional bem como na progressiva humanização das relações sociais de produção, hoje submetidas a um brutal retrocesso”, complementa o dirigente nacional.

E afirma: “É ficando óbvio que o governo de extrema direita vai redobrar a ofensiva contra a classe trabalhadora, ampliar a retirada de direitos e fechar os canais de diálogo e denúncia, já bastante fragilizados por Michel Temer”.

Portal CTB

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