Greve mobiliza mais de 300 mil professores em Los Angeles (EUA)
Por melhores salários, mais empregos e melhores condições de trabalho, mais de 300 mil professores entram em greve na cidade de Los Angeles, Estados Unidos, nesta segunda (14). É a primeira em três décadas.
Em coletiva à imprensa local, o líder do sindicato, Alex Caputo-Pearl, afirmou que a categoria está em luta por valorização e contra a superlotação das turmas.
“Estamos aqui neste dia chuvoso, no país mais rico do mundo, no estado mais rico do país, em um estado que não pode ser mais azul (símbolo do Partido Democrata, liberal), em uma cidade cheia de milionários, onde os professores têm que entrar em greve para obter o básico para os nossos estudantes”, disse.
E emendou: “Precisamos de mais ajuda nas salas de aula, precisamos de mais ajuda nos escritórios, precisamos de enfermeiras pagas em cada escola. Não tivemos escolha, não queria estar aqui, preferiria ficar na minha sala, mas a situação chegou até aqui e continuaremos aqui fora enquanto for necessário”.
A greve ocorre depois que, na semana passada, fracassaram as negociações entre o sindicato e os responsáveis do segundo maior distrito escolar do país (LAUSD).
Embora o sindicato de professores e o distrito escolar concordem que o tamanho das turmas – algumas com mais de 40 alunos – deva ser reduzido, que os salários dos professores devam melhorar e sobre a necessidade de mais equipes de apoio, as partes diferem sobre o financiamento.