Fepesp: Participe do debate sobre EaD
Vai ser nesta quarta-feira, dia 4, a partir da 18 horas a audiência pública que irá debater a situação do Ensino a Distância no país: os casos de precarização da qualidade, da estrutura de ensino e a flexibilização dos direitos dos professores.
A Fepesp e os seus sindicatos integrantes convidam a todos nesta discussão de grande importância para os professores tanto do Ensino Superior privado – onde a ampliação do EaD já desafia as condições de trabalho dos docentes – como na Educação Básica, sujeita à liberação pelo MEC de boa parte de sua grade para aulas não-presenciais.
Em um país de proporções continentais como Brasil, o ensino a distância tende a ser uma alternativa importante de educação em regiões remotas. Mas, ultimamente, a sua aplicação tem sido pautada pelas escolas particulares mais por uma tendência de redução de custos para ampliação de lucros do que pela ampliação do alcance ou da qualidade do ensino.
A audiência tem entrada aberta a todos os interessados
Além de Celso Napolitano, presidente da Fepesp e diretor do SinproSP, participarão do debate Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e Roberto Leher , professor, biólogo e ex-reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É esperada a presença de representantes da União Nacional dos Estudantes e da Defensoria Pública de SP. Esta audiência publica está sendo organizada pelo mandato do deputado estadual Carlos Giannazi. Estão convidados também os principais conselhos profissionais em atividade no Brasil.
O cenário EaD
Segundo o Censo de Educação Superior de 2017 divulgado pelo INEP, o número de estudantes de EaD compreendia mais de 20% do total de matrículas na graduação. Entre 2001 a 2017, por exemplo, o contingente de alunos na modalidade passa de 5359 estudantes para 1.756.982. A tendência é que estes cálculos, atualmente, tenham aumentado.
O modelo EaD é uma pauta inevitável aos que se interessam pelo mundo da educação, seus processos e transformações contemporâneas. Avanço tecnológico, democratização do acesso ao ensino superior, qualidade pedagógica, competência profissional, etc; convites para que a esfera pública coloque novamente em jogo dialógico as problemáticas e os horizontes para as comunidades envolvidas.
No Brasil, um país vasto territorialmente, o EaD pode ser um instrumento importante para chegar a populações periféricas, distantes dos centros e das capitais. Todavia, é preciso que seja discutida seriamente e de maneira acadêmica, teórica e responsável.