Diretoria do Sinpro Minas realiza a última reunião ampliada do ano
A direção do Sinpro Minas realizou na segunda-feira, 2/12, sua última reunião ampliada do ano, fazendo um balanço da conjuntura política nacional, dos problemas enfrentados pelos trabalhadores da educação e sua entidade, além da eleição da nova diretoria para os próximos quatro anos.
A presidenta Valéria Morato foi eleita para mais um mandato à frente da entidade e a nova gestão do sindicato começa seus trabalhos a partir de 1º de janeiro. Ao abordar os problemas enfrentados pela categoria e sua gestão, Valéria falou da necessidade de criação de um canal de recebimento de denúncias dos professores por perseguição, abordou a PEC que propõe o fim da unicidade sindical, a ofensiva para desorganizar os trabalhadores e as demissões que têm ocorrido nas escolas. “Mais do que nunca precisamos ouvir e acolher os professores, dar atenção a eles nesse momento em que acontecem muitas demissões. Os professores não serão desamparados pelo Sinpro”, afirmou Valéria, ressaltando a necessidade de implantação de um plantão jurídico e de diretores para atendê-los.
Já o diretor do Sinpro e coordenador-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), vereador Gilson Reis, apresentou uma análise de conjuntura ressaltando as dificuldades colocadas pelo governo Bolsonaro ao movimento sindical e à educação. “O ministro Paulo Guedes tem acelerado o processo de redução do Estado e, com a implementação da carteira verde e amarela, a medida provisória que aprofunda a reforma trabalhista, por exemplo, tem, pelo menos, oito inconstitucionalidades”, disse.
Após destacar a uberização do trabalho e como os trabalhadores superexplorados cada vez mais precisam do sindicato, Gilson lembrou como o Executivo e o Judiciário, entre outras instituições, têm se mostrado incapazes de apontar saídas positivas da crise para a população. “Neste momento, os sindicatos têm uma grande importância diante dos ataques aos direitos dos trabalhadores. É quando os trabalhadores mais precisam dos sindicatos. O desemprego está enorme, a situação de vida dramática, pois 50% dos trabalhadores, segundo a PEA (População Economicamente Ativa), ou estão desempregados ou subempregados”, acentuou.
Na parte da tarde, a diretoria fez um balanço da campanha reivindicatória deste ano, abordando as dificuldades ocorridas nas rodadas de negociação, os acertos, erros, expectativas e rumos para a próxima campanha reivindicatória, que já está em andamento, mas que se inicia mesmo com a entrega da pauta aos sindicatos patronais. Foi feito em seguida também um balanço das eleições, na qual a chapa um recebeu 97% dos votos válidos, o que demonstra o respaldo da categoria ao Sinpro, além da responsabilidade que o sindicato tem com a categoria. Por fim, Valéria ressaltou que os desafios que virão são muitos e temos que estar preparados para eles. Que venha 2020.