Sinpro Campinas e Região: Educação Superior — sindicatos recusam contraproposta patronal e insistem em negociação

Assembleia patronal esquece negociado, se esquiva de propostas e delibera o que não foi combinado

A comissão de negociação das federações de professores e auxiliares no ensino superior privado declarou ser inaceitável a contraproposta patronal para a renovação da convenção coletiva de trabalho, preparada após a assembleia de mantenedoras na semana passada.

Em reunião nesta terça-feira, 23/06, a comissão de negociação pelo lado dos sindicatos de trabalhadores afirmou em documento que a contraproposta “não refletiu as discussões e conclusões provenientes da última fase de negociações, tampouco foi elaborada com base nas últimas propostas apresentadas pelas Federações de trabalhadores. Pelo contrário, o documento encaminhado reproduz textos e redações já sabidamente rejeitadas pelas representações sindicais e, pior, retrocede”.

O documento apresentado pelas federações declara sua disposição em negociar à exaustão na tentativa de chegar-se a um texto que atenda minimamente as reivindicações das categorias. “Não há como apresentar essa contraproposta em assembleia”, diz Celso Napolitano, da Fepesp. “O que eles propõem não foram os termos discutidos, negociados e deliberados em muitos dos pontos de impasse. Na verdade, entre a negociação e a sua assembleia, as mantenedoras retrocederam nas propostas”.

“Aliás, essa ‘estratégia’ tem se tornado constante e redundante nas atuais negociações. A deliberação da assembleia patronal que não leva em conta as tratativas registradas em atas das reuniões realizadas é uma prática desrespeitosa e que não corresponde à consideração que a comissão das Federações dedica aos negociadores patronais e, que fique formalmente registrado, nós a repudiamos”, afirma o documento das federações.

Os professores e auxiliares de administração escolar devem ficar atentos aos avisos dos sindicatos. Nós não vamos abandonar a mesa de negociações. Insistiremos em um acordo e buscaremos justiça, se necessário, para preservar direitos conquistados pelos educadores – e que não podem ser sacrificados com a desculpa de combater uma pandemia que também vem exigindo sacrifícios diários de professores e funcionários administrativos.

Do Sinpro Campinas e Região

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo