Sinpro-Rio: Sindicato participa de reunião com prefeito do Rio sobre flexibilização do isolamento social
Em reunião com o Prefeito, o Sinpro-Rio ressalta a necessidade de critérios científicos e sanitários rigorosos e amplo debate na sociedade para a promoção da flexibilização do isolamento social
O Sinpro-Rio participou, em 25 de junho, de reunião realizada pelo prefeito Marcelo Crivella com entidades da sociedade civil a respeito do plano de flexibilização da quarentena decorrente da pandemia do Covid-19. Na ocasião, o presidente do Sinpro-Rio, Oswaldo Teles, ressaltou que a flexibilização do isolamento social só pode ser colocada em prática mediante critérios científicos e sanitários rigorosos e com ampla consulta às entidades representativas da sociedade civil.
O Sinpro-Rio tem participado e organizado diversas reuniões, plenárias e programas de rádio e Internet a respeito da flexibilização do isolamento social, principalmente no que concerne à volta às aulas presenciais. Dentre estes fóruns, o Sindicato realizou a “Plenária Virtual em Defesa da Vida: quando e como retornar às aulas presenciais?”, em 13 de junho último. Nesta plenária, destacamos aqui declarações do doutor Hermano Castro, diretor da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, ENSP – Fiocruz, e da professora Kátia Schaeffer, do NINA – Núcleo Infâncias Natureza e Arte – da Unirio.
De acordo com o doutor Hermano Castro, o Rio de Janeiro não atende os critérios de flexibilização da OMS. “Além da necessidade de testagem e monitoramento das áreas de risco, seriam imprescindíveis medidas de higienização nas escolas, práticas de distanciamento entre os estudantes, plano de capacitação dos trabalhadores, plano de comunicação, plano de saúde mental para docentes e discentes.”
Já a professora Kátia Schaeffer, que centrou a sua palestra na Educação Infantil e Fundamental, destacou que “Escola não é depósito de crianças em hipótese alguma! O momento é de preservação da vida! A possibilidade da volta às aulas presenciais aumentou a angústia dos pais, responsáveis, estudantes e professores. O retorno às aulas, com a pandemia ainda presente, não seria negligência? Não há como pensar em protocolos sem pensar em quem vai executá-los. Não justifiquem o retorno à Escola com a preocupação com a aprendizagem escolar, pois ela também teria sua qualidade comprometida, sobretudo na Educação Infantil, pela necessidade do distanciamento e demais exigências sanitárias.”
A professora lembrou ainda que “uma educação de qualidade não pode abrir mão de relações de qualidade. Algo menor que isso compromete o processo educativo e pode trazer danos irreparáveis no corpo desses sujeitos: hoje, crianças, e, amanhã, adultos.”
Levando em consideração posições de especialistas renomados, como o doutor Hermano Castro e a professora Kátia Schaeffer, o Sinpro-Rio tem ponderado sobre a flexibilização do isolamento social, com ênfase na volta às aulas presenciais. Na plenária “Em Defesa da Vida”, o presidente do Sindicato, Oswaldo Teles, deixou claro que “o diálogo e o respeito devem prevalecer sobre a loucura da defesa da economia em contraposição à defesa da vida. Estamos numa guerra pela vida. Salários, condições de trabalho dignos e a democracia são nossas metas, mas o mais importante, neste momento, é a preservação de nossas vidas.”