Sindicato dos donos de escola pretende retirar direitos dos professores
A diretoria do Sindicato dos Professores de Pernambuco se reuniu com os representantes do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe), na última segunda-feira (22). Este foi primeiro encontro de negociação com a entidade patronal referente à Campanha Salarial deste ano.
Na ocasião, o Sindicato Patronal apresentou a contraproposta à pauta de reivindicações dos professores do setor privado de ensino para 2013. O Sinpro Pernambuco tinha realizado algumas modificações e novas incorporações de cláusulas a atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
De acordo com o coordenador geral do Sinpro Pernambuco, Jackson Bezerra, a questão que trata do reajuste salarial não foi posta na mesa de negociação e o ponto que trata da unificação do Piso Salarial em R$ 12,00, para o professor independente dos níveis de ensino, foi negado por parte do setor Patronal.
O Sinepe sugeriu a retirada de direitos históricos conquistados pela categoria. Diante desta atitude o Sindicato dos professores de Pernambuco entende que a entidade patronal visa enfraquecer o movimento de organização dos trabalhadores do setor da Educação Básica Privada de Pernambuco.
O Sindicato patronal propôs a exclusão da cláusula que trata da estabilidade provisória do professor durante período de campanha reivindicatória; a diminuição do valor percentual de horas extras e exclusão da cláusula que trata da dispensa durante o semestre letivo. “Para nós isso é um retrocesso, um absurdo”, comentou Jackson Bezerra.
Sobre a discussão de cláusulas novas, o Sinepe negou todas as proposições apresentadas pelos professores. “Eles negaram a proposição de hora atividade, a proposição de apoio técnico aos professores que trabalham em escolas com alunos com necessidades espécies, ticket alimentação, acesso a cultura e lazer e excluem qualquer cláusula que esteja relacionada à saúde do professor”, afirmou.
No decorrer da reunião foi apresentado pelo o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino, a pauta de reivindicação patronal, aprovada em assembléia geral. Entre as exigências estão a permissão para instalação de câmaras em salas de aula; mudança no recesso escolar dos professores; diminuição do percentual das horas extras de 00% para 50% e na cláusula de licença sem vencimento, eles não garantem a manutenção da jornada de trabalho após o retorno do professor afastado para formação.
“Mais uma vez o Sinepe demonstra total desrespeito com a categoria dos professores, nos fazendo esperar quase 30 dias para que a primeira rodada de negociação, com o agravante de apresentar apenas propostas que retiram direitos historicamente conquistados pelos professores”, conclui o coordenador geral do Sinpro Pernambuco, Jackson Bezerra.
Do Sinpro Pernambuco