SinproABC: Professores e professoras participam da 1º Assembleia do ano
Professores e professoras que compõem a base do Sindicato dos Professores de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul – SinproABC, se reuniram em assembleia virtual, na noite de 1° de fevereiro, para definirem os rumos da categoria frente a exigência do setor patronal que impõe retorno presencial das aulas.
A Assembleia teve como pauta “Retorno às aulas presenciais sem vacinação contra a Covid19 e formas de mobilização”.
Os educadores falaram da pressão vivida para que as aulas retornem presencialmente e sobre a precariedade dos protocolos sanitários oferecidos em contrapartida. A greve da categoria, nas aulas presenciais, não foi descartada.
O SinproABC defende a vida e exige que a volta das aulas presenciais tenha como condicionante a testagem e a vacinação em massa. O SinproABC encabeçou o Manifesto – elaborado pelo Comitê Educação do ABCDMRR em Defesa da Vida, que reúne 70 lideranças sociais ligadas à educação nas setes cidades da região.
Durante a Assembleia, parte do debate foi motivado pela particularidade da profissão e a possível propagação do vírus. A carreira de professor(a) exige que esteja em salas diferentes, com turmas distintas e o obriga a se locomover para diferentes locais, muitas vezes com transporte público.
A assembleia iniciou-se às 20h e estendeu-se até as 22h. Durante a live foi apresentado um gráfico, em que foi demonstrando a evolução da doença no país. O gráfico comparou a situação do Brasil com outros lugares.
Foram discutidos os problemas agravados nos estados, consequência da má gestão do Governo e a problemática condução da pandemia feita pelo Ministério da Saúde.
Apesar de o momento atual ser considerado um dos piores da contaminação, agravado pela a nova cepa identificada em Manaus, há a insistência do governo de São Paulo, seguido pelos prefeitos em anunciar a retomada das aulas presenciais.
Ensino Híbrido
O Ensino Híbrido e as dificuldades impostas nessa nova modalidade também dominaram as falas na Assembleia. É consenso entre os professores a dificuldade em ministrar várias aulas com máscara e protetor facial.
Os equipamentos de EPI foram o grande assunto e motivaram as falas mais indignadas dos professores e professoras durante a assembleia. A dificuldade em se fazer ouvir, dificuldade em respirar e o problema em estar conectado aos alunos presenciais e aos alunos remotamente foram os pontos destacados pelos professores como mais um problema a ser vencido nessa fase. Um outro tema debatido foi a dificuldade com equipamentos e a qualidade do sinal.
A presidente do SinproABC Edilene Arjoni ressaltou que se por um lado 2020 ficou marcado como o ano da pandemia foi também comprovado a imensa capacidade dos professores e professoras se adaptarem.
Ela recordou que tão logo foi definido o ensino remoto os professores se reinventaram. “Desde março de 2020 quando houve o decreto que as aulas ocorreriam de forma remota, os professores e as professoras atenderam as exigências e responderam rapidamente com sua capacidade”.
Para ela é intolerável que a categoria fique passiva num momento em que os professores e professoras estão sendo empurrados ao abismo da contaminação. Para Edilene é inaceitável que propaguem que a pandemia criou uma situação confortável para os educadores. Ela destacou os inúmeros relatos de estresse vivenciados, aumento no volume do trabalho e lembrou que ao profissional da educação foi imposto múltiplas funções, além de administrar o aumento de gastos residencial e em muitos casos se viram obrigados a extrapolar sua carga horária de hora aula para atender chamados dos estudantes, dos pais e da escola fora do horário de trabalho.
A assembleia aprovou o indicativo de greve presencial, caso as escolas insistam em convocar para o retorno as aulas presenciais. O tema será votado na próxima assembleia, que acontece na quarta-feira, dia 10 de fevereiro, às 18h via plataforma Zoom. O indicativo deverá ser votado na próxima assembleia, que acontece dia 10, às 18h via Zoom.