Sinproeste: Sindicatos defendem a vacinação massiva para retorno presencial às aulas
Para proteção de estudantes, professores e demais trabalhadores em educação, a Contee, em reunião das entidades sindicais filiadas, reafirmou que, para voltar às aulas com segurança, é preciso ter vacinação massiva.
Em reunião virtual desta segunda-feira (31), os representantes sindicais debateram a evolução da nova cepa da covid-19, a ômicron, e as consequências para os trabalhadores em educação; abordaram também a campanha nacional de sindicalização verticalizada pela Confederação. A presidente do Sinproeste, professora Juleide Almeida Corrêa, participou do encontro.
“A nova cepa da covid-19 tem assustado o mundo inteiro”, abriu a reunião o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis. “Pensávamos que estávamos livres da covid”, disse.
“A posição da Contee em relação à pandemia é também política, com base nos estudos técnicos e na ciência”, asseverou o coordenador da Confederação. Ele chamou a atenção para o fato de o Governo Federal conspirar contra a vacinação das crianças, o que dificulta o retorno ao trabalho, com segurança sanitária.
Descontrole do universo de infectados
“Pode haver universo de contaminados pela covid que não conhecemos”, destacou. Desse modo, os “óbitos tendem a aumentar”, disse. Diante dessa realidade é preciso “tomar atitude, acionar o Ministério Público, denunciar” essa situação desafiadora para a categoria dos trabalhadores em educação do setor privado.
A posição da Contee está fundamentada com base na ciência e nas informações técnicas que mostram que a nova cepa da covid-19 é mais contagiosa. Os números revelam essa preocupação.
As autoridades educacionais e de saúde, diante desse quadro de agravamento sanitário, devem exigir que trabalhadores e alunos, para frequentar as instituições de ensino, precisam apresentar o chamado “passaporte vacinal”. Trata-se, pois, de questão de segurança sanitária, social e profissional para “evitar o caos na educação”, defendeu Reis.
Visão jurídica
Diante da complexidade da situação, o assessor jurídico da Contee, Geraldo Santana, explicou que, para empreender ações na Justiça para bloquear o retorno presencial, “falta ‘eco social’” para respaldar esse tipo de iniciativa. Na visão do advogado, a sociedade não vai respaldar ações com esse caráter nesse momento.
“Não há recomendação das autoridades sanitárias e educacionais para não retorno às aulas presenciais”, destacou. Assim, vai ser preciso pressionar as autoridades para que se posicionem, orientou.
Ele lembrou que o MPT (Ministério Público do Trabalho) pode ser acionado, a fim de ajudar a construir ações legais para evitar o que pode ser uma tragédia, com o avanço de cepa ômicron.
Campanha Nacional de Sindicalização
O segundo ponto da pauta foi sobre a Campanha Nacional de Sindicalização da Contee para as entidades de base, cujas movimentações estão em curso.
Em fala incentivadora, o coordenador-geral da Contee destacou a necessidade de as entidades — sindicatos e federações — “abraçarem” a campanha para o êxito da empreitada sob a coordenação da Confederação.
Na compreensão de Gilson Reis, assentida pelos demais dirigentes, o êxito dessa campanha vai “fortalecer o movimento sindical”. Com “entidades fortes”, com “sindicatos fortes” a luta político-sindical ganha nova dimensão.
“Botar a campanha na rua”, incentivou o dirigente sindical, para “fortalecer e ampliar a luta sindical no Brasil”, neste ano de retomada das batalhas dos trabalhadores em nível nacional.
Fonte: Por Marcos Verlaine, da Contee, com edições de Sinproeste