Contee manifesta apoio à greve de professores de Pernambuco

Na lógica da ampliação dos lucros em detrimento da qualidade da educação, as negociações salariais dos trabalhadores do setor privado, em muitos lugares no Brasil, têm enfrentado grandes obstáculos. E a intransigência do patronato, que, além de desconsiderar as reivindicações da categoria, ainda tenta eliminar direitos, leva a dissídios e à necessidade de fortalecer a mobilização.

É o que tem acontecido em Pernambuco, onde os professores deflagraram greve na última quarta-feira (5) como alternativa drástica de enfrentamento ao descaso patronal quanto às exigências de valorização dos trabalhadores. Como se não bastasse negar toda a pauta reivindicatória dos docentes, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado (Sinepe) do estado ainda sugere sugere a supressão de conquistas já asseguradas pelos educadores em outras campanhas. Isso sem falar no  fato de o reajuste médio das mensalidades ter sido de 12% em janeiro e o Sinepe propor um reajuste salarial de apenas 7% para a categoria, a ser aplicado somente em agosto.

A mobilização dos professores de Pernambuco, assim como o de toda a categoria de trabalhadores em educação de todo o país, é pela conquista de um reajuste que incorpore o aumento real de salário, bem como a manutenção e ampliação de conquistas que garantam um ambiente saudável e com boas condições de trabalho.

Na reunião ampliada realizada ontem (6), o Conselho de Federações da Contee aprovou moção de apoio à greve dos professores do ensino privado de Pernambuco. A Confederação está ao lado do Sinpro Pernambuco, das demais entidades filiadas e de toda a categoria nesta luta por melhores salários, condições de trabalho e valorização dos trabalhadores. Esta é uma batalha nacional.

Da redação
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