Fracassam os atos de 31 de julho em apoio ao golpe e a Bolsonaro
Em São Paulo, cerca de 50 pessoas atacavam o Supremo e pregavam o golpe na Avenida Paulista. Em Brasília não se tem notícia dos manifestantes de Bolsonaro
Fracassam as manifestações de apoio a Bolsonaro e contra o Supremo Tribunal Federal (STF) convocadas para este domingo, 31 de julho em Brasília e em São Paulo. Na avenida Paulista, em São Paulo, a mobilização reuniu algumas dezenas de bolsonaristas diante de um trio elétrico. As críticas às urnas eletrônicas predominaram entre os discursos, que pediam o voto impresso e diziam que Bolsonaro havia baixado o preço do combustível.
Os atos de apoio a Bolsonaro começaram a ser convocados há meses seriam em Brasília e em São Paulo. Mas, já prevendo o fracasso, vários grupos bolsonaristas começaram a desmarcar os atos de rua na semana passada. Em uma publicação realizada no Instagram na conta de uma bolsonarista em 8 de junho, a deputada federal Carla Zambelli (PL/SP) também realiza a convocação para o dia 31 de julho. Em Brasília não se teve notícia dos manifestantes.
O terrorista que está preso por ameaçar de morte líderes da oposição e ministros do Supremo também convocou os atos fracassados deste domingo. “No dia 31 de julho agora tem uma megamanifestação no Brasil. E no dia 7 de Setembro vai ter a culminância da indignação popular brasileira. Tá na hora de nós, brasileiros, invadirem (sic) o STF. Nós brasileiros, invadirem (sic) o STF. Nós vamos destituir o maior tribunal do crime que tem no mundo hoje, o STF brasileiro”, diz Ivan Rejane.
Além de tentar reverter o quadro desfavorável e desanimador da campanha de Bolsonaro, que pelo último Datafolha, perde no primeiro turno, os atos deste 31 de julho teriam como alvo os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os bolsonaristas queriam a destituição dos membros das cortes pelo Congresso Nacional. Uma das seguidoras mais fanáticas de Bolsonaro, a deputada Carla Zambelli cita especificamente o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Não houve praticamente nenhuma adesão ao ato deste 31 de julho. Os cerca de 50 manifestantes que se aglomeravam ali levavam bandeiras do Brasil junto ao corpo e vestiam verde e amarelo. Próximo à saída do metrô, duas mulheres levavam cartazes pedindo a intervenção das Forças Armadas e destituição dos ministros do STF e TSE. O ministro Alexandre de Moraes, que assume o comando da corte eleitoral no próximo dia 16, foi o principal alvo dos bolsonaristas.